sexta-feira, 27 de maio de 2011

A misericórdia de Deus


Nenhum homem merece a misericórdia de Deus. Nenhum homem pode reclamar a misericórdia de Deus por mérito. As Escrituras concluem: “... pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3:23).
As Escrituras do Velho Testamento mostram repetidamente os pecados do povo com afirmações tais como “nós pecamos,” “eu pequei” e “pecamos contra o Senhor”. João diz: “Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós” (1 João 1:10). E nos é dito, “Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio” (1 João 3:8).
O pecado é definido como “transgressão da lei” de Deus, revelada nas Escrituras (1 João 3:4). O povo do Velho Testamento tinha uma lei, dada por Deus através de Moisés e dos profetas. Ninguém guardou a lei, e pecou ao transgredi-la. O povo, agora, vive sob a lei do Novo Testamento dada por Deus através de Cristo, do Espírito e dos apóstolos. Quando deixamos de segui-la, pecamos, ao transgredi-la.
Tiago conta-nos os passos que conduzem ao pecado. “Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tiago 1:14-15). O homem peca porque deixa de resistir às tentações do diabo e, assim fazendo, viola a lei de Deus.
Este processo de sedução começou com o primeiro homem e a primeira mulher, pelo diabo (Gênesis 2:3), e continua até o dia presente. O homem foi, e é, culpado diante de Deus, e Paulo diz, “... naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo” (Efésios 2:12).
Você percebe por que precisamos apreciar a misericórdia de Deus? O homem não tinha esperança de nada além da culpa do pecado. Ele era impotente para livrar-se do pecado porque não podia resistir às tentações do diabo. “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Romanos 5:8-9). É-nos dito que, sob a nova aliança, “... para com as suas iniqüidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei” (Hebreus 8:12). Agradeçamos a Deus por sua misericórdia. Mas lembremo-nos que ainda que agora tenhamos esperança através de sua misericórdia em Cristo, ainda podemos pecar. A misericórdia de Deus não é incondicional. Assim como mostrou misericórdia a Israel e depois tirou-a, por causa da desobediência, ele nos promete o mesmo.
Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários. Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés. De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça? Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hebreus 10:26-31).
Conhecendo a misericórdia de Deus, bem como nossa fraqueza da carne, advertimos a todos: “... guardai-vos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna” (Judas 1:21), e a que “Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hebreus 4:16).

“Tenho algo a te dizer”

“Tenho algo a te dizer”
A parábola de Jesus dos Dois Devedores (Lucas 7:36-50) é calculada para ajudar um fariseu profundamente crítico a ver-se em contraste com a mulher de má reputação que acaba de escandalizá-lo ao ungir os pés de Jesus. O Senhor é o único na sala do banquete que não olha espantado, em silêncio aturdido, a mulher pecadora ajoelhada penitentemente aos seus pés. Sua preocupação era com seu hospedeiro, que tinha ficado olhando para a mulher com absoluto desagrado e para Jesus com desdém. Jesus quebrou o silêncio falando, não com a mulher mas com ele: “Simão, tenho algo a te dizer.” O momento é eletrizante.
A áspera hipocrisia judiciosa do fariseu merece uma severa repreensão. Ele interpretou da pior maneira possível o comportamento da mulher porque não entra em sua mente que pessoas pecaminosas possam mudar, nem ele parece ter nenhum desejo disso. Mas a repreensão não veio. Em vez disso, Jesus conta calmamente a história dos dois devedores endividados com o mesmo credor. Um devia aproximadamente o equivalente a dois anos de salários (500 denários) e o outro cerca de dois meses (50 denários) mas porque nenhum deles era capaz de pagar, o credor perdoou os dois.
Jesus focaliza sua história perguntando a Simão qual dos dois devedores ele pensa que deveria amar mais este gracioso benfeitor. “Suponho que aquele a quem mais perdoou”, ele responde despreocupadamente (se não condescendentemente), enquanto não vê nenhum ponto na parábola, mas está querendo prosseguir na corrida. Mas Simão já está apanhado quando Jesus lhe diz que sua resposta é correta.
O Senhor aplica a parábola perguntando a Simão, “Vês esta mulher?” (Ele não tem estado olhando para outra coisa, mas não a viu.). Jesus nota que, enquanto Simão não tinha nem mesmo oferecido a ele as amenidades costumeiras devidas a um hóspede – um beijo de boas vindas, água com a qual lavar seus pés, óleo para ungir sua cabeça – a mulher ofensora tinha beijado seus pés repetidamente enquanto os ungia com óleo fragrante, tinha-os lavado com lágrimas e enxugado com seus cabelos. Então ele aperta mais seu gracioso laço quando explica a razão do seu comportamento generoso, amoroso contrastado com a indiferença desinteressada de Simão. Ela amou muito porque tinha muito a ser perdoado, seus pecados eram muitos. “Mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama”. Jesus não precisou ser mais específico. Simão já tinha julgado a si mesmo por suas próprias palavras.
O problema de Simão não era que, com poucos pecados a seu crédito, lhe tinha sido negado um verdadeiro sentido de gratidão por ser perdoado. A percepção dele de que seus pecados eram poucos é que o estava destruindo. Um homem que se concebe como sendo um modelo moral e espiritual terá grande dificuldade em lidar gentilmente com aqueles a quem ele vê como penosos fracassos morais. E ele terá igual dificuldade em sentir qualquer sentimento de gratidão para com Deus. Na verdade, os pecados de Simão eram muitos, mas ele estava cego tanto para eles como para a graça de Deus.
De modo semelhante, a alegre e pródiga apreciação da mulher não veio por ter pecado mais do que todos os outros, mas por ter entendido a verdadeira seriedade de seu fracasso moral. Seus pecados tinham sido socialmente repreensíveis, mas Saulo de Tarso, cuja vida tinha sido passada estudando e praticando a lei de Deus, também se viu como “o principal dos pecadores” e assim passou o resto de seus dias celebrando e proclamando as maravilhas da graça de Deus (1 Timóteo 1:12-17; Efésios 3:8-9). Ele, também, numa figura, caiu aos pés de Jesus, chorou com gratidão e derramou sua vida como óleo de unção.
Não estou tão certo se nesta parábola Jesus pretende dizer que os erros dos seres humanos podem ser quantificados numa escala de seriedade. Talvez os pecados de um homem podem ser mais nefandos do que os de outro. Mas qualquer que seja o caso, como a parábola torna claro, nenhum de nós pode pagar nosso débito. Estamos enredados sem esperança na transgressão e o resultado de nossos pecados, poucos ou muitos, será a morte. (Romanos 3:23; 6:23). A pessoa que vive para fazer sua própria vontade é um rebelde contra Deus, ainda que isso possa ser expressado urbanamente.
Jesus fecha sua conversa com Simão dizendo-lhe simplesmente que os muitos pecados da mulher que lhe fez tal ofensa são perdoados e então, voltando-se para a própria mulher, ele diz, “Perdoados são os teus pecados.... A tua fé te salvou; vai-te em paz”. A “mulher escarlate” deixa Jesus perdoada, cheia de amor e exultante. Até onde sabemos, Simão, “o justo” termina seu tempo com o Filho de Deus sem ser perdoado, sem misericórdia, inalterado. Talvez, tudo o que ele conseguiu pela sua experiência foi outro motivo para rejeitar Jesus. Um homem que declara perdoar pecado... quem pode acreditar numa palavra que ele diz?

Deus quer você salvo

Deus quer você salvo
Nós devíamos preocupar-nos com o bem-estar espiritual de todos. Provavelmente nos preocupamos com nosso próprio bem-estar espiritual, e está certo ficarmos tão preocupados. Na verdade, uma falta de preocupação nesta área pode ser eternamente devastadora! Deve existir. Também amamos nossas famílias, então queremos que todos nossos entes queridos sirvam ao Senhor. Também esperaria, e creio firmemente que é assim, que nos preocuparíamos uns com os outros. Não gostaríamos de saber que qualquer um dos nossos irmãos tenha recebido “em vão a graça de Deus” (2 Coríntios 6:1) nem tenha falhado a “entrar na promessa de Deus” (Hebreus 4:1).
Mas devemos lembrar que Deus “deseja que todos os homens sejam salvos”. Deus ama o mundo inteiro e deseja que todas as pessoas sejam salvas. O grande desejo de Deus sobre isso deveria influenciar fortemente nosso pensamento, nossas orações e nosso evangelismo, e o zelo com o qual abordamos todas estas coisas!
Deus gostaria que todos fossem salvos
“I sto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2:3-4).
Na época que Paulo escreveu estas palavras ao evangelista Timóteo, muitos do próprio povo de Paulo, os judeus (principalmente os fariseus), estavam com preconceito uns contra os outros. Eles acreditavam que eram os favoritos privilegiados de Deus. O povo da cidade natal de Jesus até ficaram bravos com ele quando sugeriu que os gentios também poderiam ser justos e aceitáveis perantes Deus (Lucas 4:16-30). Aparentemente muitos haviam esquecido da promessa original de Deus de abençoar todas as famílias da terra através do descendente de Abraão (Gênesis 12:1-3).
Hoje em dia, há atitudes parecidas que confrontam a fé. Racismo, nacionalismo e vários partidarismos baseados em diferenças de níveis sociais ou econômicos, e muitas outras coisas, juntamente com o orgulho e o preconceito que essas atitudes limitadas podem gerar, podem deter os esforços evangelísticos. Precisamos estar atentos contra essas atitudes para não destruíre nossa caminhada com Cristo pela fé. O que você acha que Deus pensará de alguém que considera uma outra pessoa, pela qual Cristo morreu, como um nada? Deus quer que imitemos Cristo, não os fariseus! (Gálatas 3:26-29).
Conforme lhe damos com os outros, precisamos lembrar que Deus é paciente, e nós também devemos ser (2 Pedro 3:9,10; 14,15). Considere a paciência do Senhor como a salvação. Outros precisam que Deus seja paciente com eles, assim como nós também precisávamos. Deus não quer que ninguém pereça, e nós também não devemos desejar isso. Se podemos salvar nosso pior inimigo, então devemos, e devemos ficar gratos pela oportunidade, e regozijar se acontecer (Mateus 5:44-45;48).
Uma maneira
A o mesmo tempo, temos que entender que há apenas uma maneira de sermos salvos! Nesta época de tolerância de mente aberta e atitudes ecumênicas, irá provocar muita raiva e hostilidade se sugerirmos que há apenas uma maneira de ser salvo! Em nome do “pluralismo” uma posição tal que sugere que há apenas um caminho para o céu, apesar de ter base bíblica, é atacada. Em nome da diversidade, dizem-nos que há muitos caminhos que levam a Deus. O pluralismo aplaude todas as diferentes religiões. O pluralismo contemporâneo afirma que a religião judaica, a hindu, a muçulmana, a Nova Era, a igreja católica, as denominações protestantes, as diversas igrejas evangélicas, seitas e religiões nativas devem ser valorizadas igualmente; que cada um tem a sua verdade, e todos se aproximam de Deus na sua própria tradição, e todos são salvos através da sua própria doutrina. Isto é a visão politicamente correta.
No entanto, não é biblicamente correta! Entenda isso: Jesus, o Filho de Deus, disse que não é assim! Ele disse, “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6) Quem você escolhe? Jesus ou o politicamente correto: A quem você confia sua alma? Ao Filho de Deus? Ou será àqueles que o contradissem? Quantas fés há? Quantos Senhores? Quantos Deuses? (veja Efésios 4:4-6 para a resposta politicamente incorreta).

Jesus deu a si mesmo como resgate para todos
“Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos: testemunho que se deve prestar em tempos oportunos” (1 Timóteo 2:5-6). Mais ninguém deu a si mesmo como resgate... e mais ninguém poderia! No nascimento de Jesus, Deus tornou-se um homem. Mais ninguém fez isso! Enquanto viveu, foi sem pecado. Novamente, isso é verdade apenas sobre Jesus. Na sua morte, sua vida e seu sangue tornaram-se um resgate para todos. Na sua ressurreição e exaltação à destra de Deus ele se tornou nosso intercessor. Ninguém mais tem nem já teve estas qualificações necessárias para ser mediador entre Deus e os pecadores! (Atos 4:12).É por isso que, por mais politicamente incorreta que seja, Jesus é a nossa única esperança.
Ouça, Jesus morreu por todos os homens e João acrescenta, “não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro” (1 João 2:2). Por isso somos encorajados, sim, é exigido de nós que ensinamos o evangelho pelas nossas palavras e ações. O evangelho de Jesus Cristo é para ser ensinado a todos porque é o poder de Deus para salvar (1 Timóteo 2:7; Romanos 1:16). Paulo foi chamado para pregar a todos; a judeus e gentios; a todos. Não havia nada desta bobagem sobre ter muitas fés, Senhores, Deuses e caminhos que levam à vida eterna. Aquilo é apenas uma invenção do homem, e o homem não pode confiar nas suas próprias promessas porque tudo está nas mãos de Deus, não dos homens.
Paulo obedeceu o evangelho, e foi esolhido para ser um pregador do evangelho como um apostolo de Jesus Cristo. Para ser um apostolo, ele havia se tornado um testemunho ocular do Cristo ressurreto. Ele proclamou uma mensagem que recebeu diretamente de Jesus Cristo pela inspiração do Espírito Santo (Gálatas 1:1).
Todas as pessoas, de todas as nações, apesar de suas origens raciais ou étnicos, precisam das boas novas de Jesus Cristo.
Obviamente, nosso desejo deve ser aquilo que Deus deseja. Devemos desejar que todos possam obedecer o evangelho e possam ser salvos. Tanto nas nossas orações quanto nos nossos desejos - temos quer manter a convicção de que Jesus deu a si mesmo como um “resgate para todos” , e que ele é o único mediador entre o homem e Deus. Se acreditarmos nessas coisas - faremos tudo que podemos para levar o evangelho a todos os homens! Esta passagem é uma reprovação aberta ao racismo e outros preconceitos que nos levam a tratar uns aos outros com desonra. Mas também é testemunha do único Salvador do mundo – Jesus Cristo, o Filho de Deus.
O ladrão na cruz
Em Lucas 23:32-43 é contada a história de Jesus e dois ladrões na cruz. Um destes ladrões mostrou uma atitude íntegra para com Jesus e lhe pediu uma bênção futura. “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” foi a resposta que Jesus lhe deu. Este é o parágrafo mais consolador da Bíblia para muitas pessoas. Para muitos, este é o modelo da conversão. Eles concluem que o ladrão foi salvo e que tudo o que se precisa fazer para se salvar hoje é, quando estiver morrendo, clamar a Jesus por misericórdia. Neste breve artigo não estamos tentando determinar se o ladrão foi salvo ou não, ou o que significa ele estar no paraíso com Jesus. Contudo, mesmo que esta conclusão de que o ladrão foi salvo fosse correto, não significa necessariamente que as pessoas podem ser salvos da mesma maneira hoje. Por quê?
Jesus ensinou outra coisa
Um motivo que a conclusão de que os homens podem ser salvos como o homem na cruz é questionada é que Jesus ensinou claramente que, para serem aceitáveis a Deus, os homens devem fazer o que Deus manda. Leia cuidadosamente Mateus 7:21-27. “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade. Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha. E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína.” Assim podemos seguramente dizer que a conclusão de que os homens podem ser salvos como o ladrão da cruz não esteja em harmonia com os ensinamentos de Jesus.
A Lei de Moisés ainda tinha efeito
Outro motivo que a conclusão de que os homens podem ser salvos hoje como o ladrão na cruz é questionada é que, na época deste incidente, a Lei de Moisés ainda tinha efeito. Jesus ainda não havia morrido na hora em que esta conversa com o ladrão ocorreu. O Velho Testamento foi tirado do caminho quando Cristo morreu. Observe, por favor, que o apóstolo Paulo usou a idéia de morte e a união matrimonial para mostrar como morreu o Velho Testamento: “Porventura, ignorais, irmãos (pois falo aos que conhecem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem toda a sua vida? Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal. De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer o marido, estará livre da lei e não será adúltera se contrair novas núpcias. Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que frutifiquemos para Deus” (Romanos 7:1-4). Efésios 2:12-16 e Colossenses 2:13-14 e outras passagens ensinam a mesma coisa. Na época em que Cristo viveu, ele podia perdoar os pecados como achasse melhor. Em Lucas 19:1-10, Jesus perdoou uma pessoa dos seus pecados. Em Mateus 9:1-8, vemos outra pessoa cujos pecados Jesus perdoou. Estes e outros Jesus podia perdoar como ele achasse melhor durante o seu ministério. Mas isso não influencia, de modo algum, a maneira em que podemos ser salvos hoje, pois tudo isso ocorreu enquanto o Velho Testamento ainda tinha efeito.
A verdade é que se pudesse comprovar que o Velho Testamento vale ainda hoje, de qualquer forma ainda não ajudaria a maioria de nós em muita coisa. A maioria que lerá este material é de descendência dos gentios e não seria inclusa nas bênçãos do Velho Testamento, pois o Velho Testamento foi dado aos judeus e somente os judeus (Deuteronômio 5:1-3). Assim, mesmo que o Velho Testamento ainda tivesse efeito hoje, a maioria dos homens não poderia ser salva como o homem na cruz.
O Novo Testamento ainda não tinha efeito
Outro motivo que a conclusão de que os homens podem ser salvos hoje como o ladrão na cruz é questionada é que o Novo Testamento ainda não tinha efeito na hora que isso ocorreu. A morte de Jesus tinha de preceder o seu testamento, para que tivesse efeito: “Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados. Porque, onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador; pois um testamento só é confirmado no caso de mortos; visto que de maneira nenhuma tem força de lei enquanto vive o testador” (Hebreus 9:15-17). Assim, hoje, é impossível as pessoas serem comparáveis ao ladrão da cruz, porque ele viveu sob o Velho Testamento e os homens de hoje estão sujeitos ao Novo Testamento.
Salvos pelo evangelho
Se os homens são salvos hoje, a sua salvação tem de ser pelo evangelho (Romanos 1:16; João 8:32; Marcos 16:15,16; 1 Coríntios 15:1-3). Há muitos exemplos de conversão que ocorreram depois de Cristo morrer e o Novo Testamento se tornar efetivo. Por que não ter segurança e certeza? Em Atos 2, aprendemos que as pessoas que queriam ser salvas tinham de saber certamente que a mensagem do evangelho foi assim, e então precisavam se arrepender e ser batizadas para a remissão dos seus pecados. Em Atos 8:26-39 o homem, depois de ouvir o evangelho, acreditou e foi batizado. Em Atos 18:8 lemos, “Muitos dos coríntios, ouvindo, criam e eram batizados.” O evangelho salvou os romanos quando eles o obedeceram. “Mas graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo, viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregues; e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça” (Romanos 6:17-18).
As pessoas, hoje, precisam ouvir o evangelho, se arrepender dos seus pecados, confessar a sua fé em Cristo como o Filho de Deus, e ser batizadas para a remissão dos pecados. É um erro basear a esperança num incidente que ocorreu enquanto o Velho Testamento ainda regrava os judeus e enquanto os gentios eram estrangeiros da região de Israel e sem esperança e sem Deus neste mundo.
É lícito o divórcio?
Às vezes Jesus tratava de uma série de perguntas. Uma delas era se o divórcio era lícito. Essa pergunta tem grande valor prático, uma vez que vivemos num país em que uma grande porcentagem de casamentos acaba em divórcio.
É lícito divorciar-se? Jesus respondeu que não. “Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mateus 19:6; Marcos 10:9). O divórcio é errado porque separa o que Deus uniu. O divórcio é errado porque prometi ficar com a minha esposa até que a morte nos separasse, e, se violar esse voto, torno-me um mentiroso. O divórcio é errado porque leva a minha esposa a cometer adultério (Mateus 5:31-32). O divórcio é errado ainda que eu não me case de novo.
Se sou divorciado, posso casar de novo? Jesus disse: “Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com mulher repudiada pelo marido também comete adultério” (Lucas 16:18). Paulo explicou que a lei de Deus liga uma pessoa ao seu parceiro até a morte. Portanto, se alguém casa com uma pessoa estando ligado a outra, esse alguém comete adultério (Romanos 7:3-4). Divorciados que casarem de novo cometem adultério enquanto o cônjuge legítimo viver.
Há uma exceção a esse ensino. Jesus disse: “Não sendo por causa de relações sexuais ilícitas” (Mateus 19:9). Se alguém se divorcia por causa de relações sexuais ilícitas e se casa de novo não comete adultério. Se alguém é abandonado pelo cônjuge por qualquer motivo, entretanto, ele comete adultério ao se casar de novo. E o que abandona o seu cônjuge por outro motivo que não a prática sexual ilícita está cometendo adultério ao se casar de novo. O ensino de Jesus continua válido apesar da tentativa humana de se desviar dele.

O homem a quem faltava uma coisacateditimingo

Momentos na vida de Cristo
O homem a quem faltava uma coisa
Havia um homem notável que um dia procurou Jesus para saber como poderia ir para o céu. Parecia um homem que ansiava por endireitar a vida com Deus. Embora tivesse levado uma vida de boa qualidade, dentro dos padrões morais e com decência e fosse um homem amável, ele percebeu que ainda lhe faltava alguma coisa. Ele reconheceu que Jesus poderia atender a essa necessidade e desejou muito melhorar.
Jesus disse ao homem que só lhe faltava uma coisa. Ele precisava vender tudo o que tinha, dar o rendimento aos pobres e segui-lo.”Ele, porém, contrariado com esta palavra, retirou-se triste, porque era dono de muitas propriedades” (Marcos 10:22). É claro que o homem de fato queria ir para o céu, mas não estava disposto a pagar um preço tão alto. A reação desse homem à resposta de Jesus demonstra que Jesus tinha acertado no diagnóstico de seu problema. Sem dúvida ele amava os seus bens mais que a Deus; e ninguém pode ir para o céu sem amar a Deus acima de todas as coisas.
Reflita sobre alguns pontos importantes:  Os homens bons, sinceros, de boa moral e humildes se perderão se amarem qualquer coisa mais que a Deus. O amor não faz rodeios. Jesus amava o homem, mas lhe disse com franqueza o que precisava ouvir. ƒ Uma só coisa pode levar-nos à perdição, caso amemos isso mais que a Deus. Jesus mandaria que abríssemos mão do que? Será que amamos as nossas coisas mais que a Deus? (É fácil dizer que amamos a Deus mais que às nossas posses). Ou será que existe uma pessoa, um prazer, um alvo, um vício... que eu ame mais que a Deus? Muitos se vão embora tristes. O evangelho é exigente. Jesus exortou os homens a calcular as despesas. Poucos de fato amam a Deus mais do que a tudo; por conseguinte, poucos realmente seguem a Cristo.

“Podeis vós beber o cálice?”

“Podeis vós beber o cálice?”
“Então, se aproximaram dele Tiago e João, filhos de Zebedeu, dizendo-lhe: Mestre, queremos que nos concedas o que te vamos pedir. E ele lhes perguntou: Que quereis que vos faça? Responderam-lhe: Permite-nos que, na tua glória, nos assentemos um à tua direita e o outro à tua esquerda. Mas Jesus lhes disse: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu bebo ou receber o batismo com que eu sou batizado? Disseram-lhe: Podemos. Tornou-lhes Jesus: Bebereis o cálice que eu bebo e recebereis o batismo com que eu sou batizado; quanto, porém, ao assentar-se à minha direita ou à minha esquerda, não me compete concedê-lo; porque é para aqueles a quem está preparado. Ouvindo isto, indignaram-se os dez contra Tiago e João. Mas Jesus, chamando-os para junto de si, disse-lhes: Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade. Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos. Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Marcos 10:35-45).
O relato paralelo em Mateus 20 mostra que Salomé, mãe de Tiago e João, também estava envolvida no seu pedido. Se era inicialmente sua idéia ou idéia de seus filhos, não somos informados, mas o procedimento inteiro mostra que os discípulos de Jesus não compreenderam ainda realmente a natureza de seu propósito – nem do propósito deles.
Ele não tinha vindo à terra para a glória pessoal, mas para servir às necessidades de pecadores que estavam perdidos e morrendo. Seus apóstolos não deviam ser servidos e paparicados, mas deviam entregar-se à tarefa da redenção humana.
Quando Jesus perguntou se poderiam beber do seu cálice e serem batizados com seu batismo, responderam de modo afirmativo, mas não compreenderam o que Jesus estava falando. O “cálice” e o “batismo” deste contexto são figuras do discurso. Eles já tinham sido batizados com o batismo de água a qual Jesus foi submetido. Logo compartilhariam com ele do cálice de sua ceia memorial. Mas o cálice e o batismo de Marcos 10 eram símbolos do sofrimento. Poderiam ser imersos no sofrimento como estava prestes a acontecer com Jesus? Poderiam beber o cálice temido de Marcos 14:36? Poderiam, e iriam – mas ainda não compreenderam realmente as suas palavras.
Ao ouvir o pedido de Tiago e João por considerações especiais, os outros ficaram indignados, provavelmente não porque a idéia era repulsiva a eles, mas porque Tiago e João tiveram a idéia antes deles. Havia ainda muito a aprender, mas no tempo devido, compreenderiam completamente.

A necessidade do batismo nas águas


O papel do batismo nas águas na salvação das pessoas é bem fácil de entender. O apóstolo Pedro mandou que seus ouvintes no Dia de Pentecostes fossem “batizados em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados” (Atos 2:38). Como o batismo é “para a remissão dos pecados”, é absolutamente necessário para a salvação.
Alguns argumentariam, no entanto, que o batismo de Atos 2:38 na verdade é o batismo com o Espírito Santo, não o batismo nas águas. Há diversas dificuldades associadas com este ponto de vista.
Jesus prometeu aos seus apóstolos que ele lhes mandaria o Espírito Santo, também descrito como “o Consolador” e “o Espírito da verdade”, depois de subir ao céu. Após sua ressurreição, Jesus ordenou que os apóstolos ficassem em Jerusalém para aguardarem esta promessa (Atos 1:4-5). Eles seriam batizados com o Espírito Santo, batismo que aconteceu no Dia de Pentecostes, que pôde ser visto quando falaram em línguas (2:1-4). O batismo com o Espírito Santo não foi administrado por homens, ou seja, nenhum homem batizou outro com o batismo com o Espírito Santo. O batismo com o Espírito Santo foi prometido, não ordenado. Veio “direto do céu”.
Em Atos 2:38, no entanto, Pedro não falou para seus ouvintes “esperarem” pelo batismo; o batismo de Atos 2:38 foi ordenado. Por que Pedro ordenaria que fossem batizados se o batismo de Atos 2:38 fosse o batismo com o Espírito Santo? Certamente seus ouvintes não controlavam o Espírito Santo. Do que adiantaria os apóstolos ordenarem que fossem batizados? O batismo de Atos 2:38 é um que eles podiam buscar e receber em obediência, em vez de um dado a eles de acordo com a vontade do Espírito Santo.
A natureza do batismo com o Espírito Santo foi novamente ilustrada em Atos 10 quando o Espírito Santo desceu sobre Cornélio e sua casa (versículos 44 e 47). Eles não estavam buscando este batismo; foi administrado do céu. Depois, Pedro ordenou que Cornélio e sua casa fossem batizados em nome do Senhor – o batismo da grande comissão.
No dia de Pentecostes, os apóstolos estavam cumprindo a grande comissão como fora dada a eles por Jesus. Ele disse: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28:19). Foi ordenado que os apóstolos batizassem estes ouvintes, assim o batismo foi ordenado, não prometido. Faz sentido que o batismo de Atos 2:38 seria o mesmo batismo que o da grande comissão.
Alguém acredita que o batismo da grande comissão é o batismo com o Espírito Santo? No relato de Marcos, Jesus liga o batismo da grande comissão com a fé e a salvação – “Quem crer e for batizado será salvo...” (16:16). O batismo da grande comissão é colocado antes da salvação, e é uma condição para a salvação. O batismo de Atos 2:38 é ligado à salvação da mesma forma; é “para remissão dos vossos pecados”.

Parábola de um Pai que ama

Parábola de um Pai que ama 
“Continuou: Certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres. Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente” (Lucas 15:11-13).
A Parábola do Filho Pródigo é a que conclui e a mais comovedora das três parábolas que Jesus ensinou para defender o seu tratamento com os pecadores. Poderia ter sido chamada Parábola de Um Pai que Ama ao invés de Filho Pródigo porque abre o coração de Deus e expõe os pensamentos dos homens pecadores. Mais ainda, era o filho mais velho ao invés do mais novo que Jesus queria que os seus críticos vissem, pois como ele, eles estavam tão perdidos quanto os “pecadores” que desprezavam, mas na sua arrogante auto-justiça, eles não o sabiam. Eles eram, de fato, os verdadeiros pródigos. Nesta parábola, Jesus propõe assegurar aos pecadores escarnecidos a grandeza do amor perdoador de Deus e de repreender até causar o arrependimento da arrogante insensatez dos seus críticos.
Esta parábola é uma história comovente do amor de um pai por seus dois filhos perdidos, cujo propósito é nos fazer sentir a sua angústia e a sua alegria. Uma ovelha perdida e uma moeda perdida, uma vez encontradas, podem facilmente ser endireitadas, mas o que se pode fazer com um filho teimoso e rebelde? Você pode repor uma ovelha ou uma moeda perdida, mas como se repõe um filho perdido? “Perdido” e “encontrado” chegam a sua intensidade total nesta história final.
O mais jovem dos dois filhos, contencioso para com seu pai e determinado a levar uma vida própria, exige adiantado a sua parte da herança (um terço, Deuteronômio 21:17). O seu orgulho e a sua rebelião afastaram todos os pensamentos da bondade do seu pai ou da dor que a sua partida trará. Neste momento, ele está completamente cheio de si mesmo. Não é uma imagem bonita.
O pai, sabendo muito bem do erro do menino, dá a ele sua herança e olha a partida do jovem – confiante, ingrato e sem noção do que lhe espera. Podemos questionar por que o pai não impediu o seu filho. A razão é simples: ele não impediu porque não poderia, pois no seu coração o menino já havia partido, ele já estava na “terra distante”.
Sem dúvida, o pródigo fez a sua viagem relativamente intoxicado com sua liberdade recém encontrada. Ele devia ter intenções de mais cedo ou mais tarde fazer a sua marca na vida, mas sem ninguém a quem responder e sem ninguém pra ligar, ele rapidamente acabou com sua herança numa orgia da carnalidade, e a liberdade na qual ele havia se exaltado logo virou o tipo mais abjeto da escravidão. Uma fome repentina o reduziu a última degradação (para um judeu) – cuidar de porcos para um homem que o manteve num estado de quase morto de fome. A terra distante tirou-lhe tudo que tinha e nada lhe deu. A própria liberdade que o havia seduzido agora praticamente o destruiu. Ele é o mais baixo de todos os servos.
Este jovem é um modelo perfeito do percurso egoísta da humanidade. Nós também recebemos uma herança rica de Deus – corpos sadios, mentes boas, relacionamentos amorosos, um mundo lindo. Ele “nos proporciona ricamente para nosso aprazimento” (1 Timóteo 6:17) com apenas uma provisão, que devemos reconhecer, agradecidos, a sua bondade. E o que temos feito? Nós pegamos estes presentes como se fossem nossos por direito e os desperdiçamos em empreendimentos que são ou pecaminosos ou sem sentido. A “terra distante” não é um lugar mas sim uma atitude. É a arrogância impensada que diz que não precisamos do Deus que nos criou e que estamos cansados de ele se metendo em nossas vidas. Então, declaramos independência daquele que nos dá ”vida, respiração e tudo mais”, daquele que até nos deu a independência! É quase impossível imaginar ser mais burro do que isso. Foi exatamente desta maneira que Paulo descreveu a degradação do antigo mundo gentio, “porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato” (Romanos 1:21).
O “filho pródigo” é visto frequentemente como substituto por bêbados, viciados em drogas e atletas sexuais. Mas isso é um erro. Há muitos pródigos retos que desperdiçam os dons de Deus numa busca “respeitável” da riqueza ou do poder ou da sabedoria humana. As vidas são jogadas no lixo em escritórios luxuosos tanto quanto em favelas. Você pode encontrar a “terra distante” em muitos lugares.
O pecado é um desperdício. Leva tudo que é precioso e insubstituível e o destrói. E isso acontece porque tentamos pegar as nossas vidas para nós mesmos ao invés de entregá-los a quem, na sua bondade as entregou a nós inicialmente (Mateus 16:25).

Ofertando com propósito

Antes de considerar algumas questões sobre a oferta, vamos considerar brevemente como Deus nos instrui no Velho e no Novo Testamento. Entendemos que a Lei do Antigo Testamento não nos domina hoje. Sabemos, também, que muitas coisas no Novo Testamento são mais fáceis de entender por causa de exemplos encontrados no Velho Testamento. Por exemplo, o Novo Testamento fala sobre a santidade e a longanimidade de Deus, mas voltamos ao Velho para compreender mais profundamente o sentido dessas características importantes do nosso Senhor (2 Coríntios 6:16-7:1; 1 Pedro 3:20). O Novo Testamento condena idolatria, mas é o Velho que define para nós o significado da palavra (1 Coríntios 10:7).
Quando falamos sobre ofertas, achamos exemplos em todas as épocas da história bíblica. Caim e Abel ofertaram ao Senhor (Gênesis 4:3-5; Hebreus 11:4). Além dos dízimos exigidos do povo de Israel, eles levaram ofertas para propósitos definidos por Deus. Êxodo 25:1-9 fala sobre essas ofertas: "Disse o SENHOR a Moisés: Fala aos filhos de Israel que me tragam oferta; de todo homem cujo coração o mover para isso, dele recebereis a minha oferta. Esta é a oferta que dele recebereis: ouro, e prata, e bronze, e estofo azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino, e pêlos de cabra, e peles de carneiro tintas de vermelho, e peles finas, e madeira de acácia, azeite para a luz, especiarias para o óleo de unção e para o incenso aromático, pedras de ônix e pedras de engaste, para a estola sacerdotal e para o peitoral. E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles. Segundo tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis."
Exatamente como Deus mandou, Moisés usou as especiarias para fazer o óleo da unção e o incenso aromático (Êxodo 30:22-38). As especiarias e o azeite mencionados nesse trecho eram usados no dia-a-dia do povo para várias outras finalidades (veja 1 Reis 17:12-14; Cântico dos Cânticos 4:14; Ezequiel 27:19; Mateus 2:11; João 19:39). Mas, uma vez ofertados para o trabalho do Senhor, eram separados para serem usados como Deus definiu. Moisés misturou esses ingredientes, segundo a palavra de Deus, e fez o óleo e o incenso para o tabernáculo. Deus claramente proibiu que eles usassem o óleo ou o incenso para qualquer outro propósito: "Não se ungirá com ele o corpo do homem que não seja sacerdote, nem fareis outro semelhante, da mesma composição; é santo e será santo para vós outros" (Êxodo 30:32). "Porém o incenso que fareis, segundo a composição deste, não o fareis para vós mesmos; santo será para o SENHOR" (Êxodo 30:37).
Especiarias comuns foram dadas para os propósitos de Deus e usadas para fazer as coisas necessárias para o serviço que ele pediu. Para usar essas coisas assim "consagradas" para qualquer outra finalidade teria sido pecado digno da pena de morte (Êxodo 30:33,38). Não é brincadeira! Usar por outras finalidades algo separado especificamente para o serviço do Senhor levaria à morte!
No Novo Testamento, Deus pediu ofertas para os propósitos que ele mesmo definiu. Ele deu instruções sobre a coleta nas igrejas locais para cuidar dos santos necessitados (1 Coríntios 16:1-2). Também, ele falou que o dinheiro ofertado para divulgar o evangelho era um sacrifício aceitável a Deus (Filipenses 4:18). É assim que alguns evangelistas e presbíteros recebiam sustento de igrejas no primeiro século (1 Coríntios 9:14; Filipenses 4:14-17; 1 Timóteo 5:17-18).
Hoje, cada cristão deve contribuir para os propósitos que Deus definiu. O dinheiro pode ser usado para comprar alimentos para os santos necessitados, ou para ajudar com outras necessidades deles (Atos 6:1-4). Pode ser usado no trabalho espiritual da igreja, ensinando o mundo e edificando os santos. Da mesma forma que compramos alimentos para os irmãos pobres, podemos comprar as coisas necessárias para divulgar a palavra e para reunir com nossos irmãos para a mútua edificação e a adoração ao Senhor. Os primeiros cristãos arranjavam lugares para se reunir (Atos 2:26; 20:8; Romanos 16:5). Enquanto algumas igrejas se reuniam nas casas de alguns irmãos, houve outros casos nos quais o local das reuniões era distinto das casas dos irmãos (1 Coríntios 11:20,22). Seguindo estas orientações bíblicas, muitas igrejas usam parte do dinheiro da oferta para fornecer locais (salões alugados, prédios próprios, etc.) para se reunirem e fazer o trabalho que Deus mandou.
O dinheiro que ofertamos é uma coisa comum, que poderia ser usado para outras finalidades. Antes de ofertar, cada pessoa tem controle e o direito de usar o dinheiro conforme ela achar melhor (Atos 5:4). Mas, uma vez que ofertamos o nosso dinheiro para os propósitos definidos por Deus, ele não é mais nosso. O dinheiro pertence à igreja, e deve ser usado pela congregação dentro das instruções que Deus tem dado.
Podemos ver um paralelo importante aqui. Quando Moisés usou as especiarias doadas para fazer óleo e incenso, ninguém tinha direito de fazer outro uso dessas coisas. Quando a igreja usa dinheiro para comprar ou construir um prédio para fazer a obra do Senhor, ninguém tem direito de fazer outras coisas com este local. O dinheiro foi ofertado para fazer o trabalho de Deus. Aquele prédio não é um templo sagrado, mas é uma coisa comprada com dinheiro dado para fazer a obra do Senhor. Um prédio fornecido com o dinheiro da oferta poderá ser usado para fazer as obras que Deus autorizou para a igreja: ensinar a palavra, fazer reuniões para adorar e edificar, sustentar evangelistas ou presbíteros, abrigar santos necessitados, etc. Da mesma forma que os judeus não tinham direito de usar o óleo e o incenso para outros fins, nós devemos entender que o prédio da igreja não é salão de festas, nem restaurante, nem comércio, nem colégio, nem ginásio de esportes. Festas, refeições sociais, e atividades comerciais ou esportivas não fazem parte da missão da igreja. Não esqueçamos das admoestações nas Escrituras:

"E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei_o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai" (Colossenses 3:17).

"Estas coisas, irmãos, apliquei_as figuradamente a mim mesmo e a Apolo, por vossa causa, para que por nosso exemplo aprendais isto: não ultrapasseis o que está escrito; a fim de que ninguém se ensoberbeça a favor de um em detrimento de outro" (1 Coríntios 4:6).

"Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho" (2 João 9).

"Julgai todas as coisas, retende o que é bom; abstende_vos de toda forma de mal" (1 Tessalonicenses 5:21-22).
Quem ousaria usar um local fornecido com o dinheiro da oferta para fazer coisas que Deus nunca pediu?

A edificação da igreja do Senhor

A edificação da igreja do Senhor
Construa, evitando apelos ao orgulho

"ministro do púlpito" apresentou o orador: "Temos a honra de ter um distinto convidado. O Dr. Paulo, de Tarso, dedicará nossas novas instalações de 7,3 milhões de dólares, que é aclamada através de toda Jerusalém. É muito bom ter um irmão tão estimado conosco. O Dr. Paulo tem um doutorado em teologia da Universidade de Jerusalém, e tem pregado em algumas das nossas maiores igrejas. Também, ele fez trabalho missionário nas principais cidades da Europa. Não há ninguém maior entre nós. Queiram dar-lhe as boas-vindas com uma entusiástica salva de palmas."
Conquanto fora do caráter do Novo Testamento, isto é bastante comum, em nossa geração. Como é sutil a "soberba da vida" (1 João 2:16).
Isto não é um problema novo; apareceu no jardim do Éden, quando Satanás tentou Eva para ser "como Deus" e convenceu-a de que o fruto proibido era "desejável para dar entendimento" (Gênesis 3:5-6). Mais tarde, um desejo de glória fez com que Miriã e Arão se rebelassem contra Moisés (Números 12). Não foi o orgulho que derrubou o rei Saul? Ele não podia suportar que Davi recebesse maior louvor do que ele, e foi ladeira abaixo, depois disso. Entre os líderes judeus, muitos não confessaram Cristo "porque amaram mais a glória dos homens do que a glória de Deus" (João 12:42-43). O rei Herodes recebeu um rápido e amargo destino, quando superado pelo orgulho (Atos 12:20-23).
Vendo isso da perspectiva moderna, vejo, pelo menos, quatro manifestações de orgulho: Œ honrando indevidamente os homens;  competindo com as denominações na construção de obras monumentais; Ž  apelando para mentes carnais, citando realizações mundanas; e  medindo a grandeza pelo tamanho. Considere:
Œ Dê honra a quem a honra é devida (Romanos 13:7), mas não vá muito longe. Tenho ouvido oradores elogiados e exaltados por, pelo menos, duas apresentações e aplaudidos antes e depois dos sermões. Há anos que as reuniões evangélicas anunciam o "Dr. Fulano". Os boletins de igrejas incluem a lista de auxiliares, "Dr. Sicrano" e "Dr. Beltrano". Homens de menor escolaridade são relacionados simplesmente pelos seus nomes. Certamente os homens ganham o direito profissional de ser chamados "doutor", mas com que proveito são esses títulos usados num ambiente espiritual? Será disso que Mateus 23:1-12 trata? Há honra maior do que ser um "irmão" em Cristo? Eu respeito as realizações de meus irmãos, e posso me referir a eles como "doutor" em um ambiente profissional, mas não convidarei o "Dr. Fulano" para "nos dirigir numa oração antes do sermão". Por que todos esses títulos na igreja?
 Não há nada de errado com edifícios atraentes e úteis, mas estamos construindo ferramentas para o serviço a Deus ou obras espetaculares para atrair o mundo? Recentemente, uma igreja no estado onde moro dedicou um "novo campus" de 57.000 m² e um auditório com 1.500 lugares. A igreja de 1.400 membros diz que a propriedade e as instalações estão avaliadas em mais de 16 milhões de dólares. Fora os problemas que um novo e custoso edifício com lugares para somente 7% mais do que os membros atuais (eles são membros ativos, ou apenas nomes da lista, como se fala nas denominações? Eles não pretendem crescer?), há uma forte suspeita de que isso tenha sido construído como uma obra espetacular, para competir com as catedrais católicas e os templos da Igreja Universal do Reino de Deus.
Ž  Um folheto de uma igreja anuncia oito convertidos: atletas, músicos, modelos, etc. Um tinha aparecido no jornal da noite e, eles relataram, 8.000.000 ligaram. Seu "maior momento de triunfo foi a glória olímpica..." (E que tal o seu batismo?). Outra, "uma verdadeira capa de revista no mundo dos modelos", é um sucesso mundial que ganhou 18.000 dólares em apenas dois meses. O folheto conta quantos discos os cantores de "rock" venderam, etc. O que tem tudo isto a ver com converter almas a Cristo?
 Damos graças a Deus pelo crescimento, mas o crescimento pode dar ocasião ao orgulho, e isso não é a única medida do sucesso espiritual. Se o número de batismos é a medida, então curvemo-nos aos mórmons! Notícias de igrejas gabam-se de igrejas plantadas, de crescimento rápido, de realizar os maiores encontros da região ou de fazer as maiores obras evangelísticas do país. Sim, Atos fala de 3.000 e 5.000 almas, e como o número multiplicava, porém não na linguagem do orgulho!
Tais atitudes são carnais, apelando para o orgulho carnal dos homens. Paulo repreendeu os coríntios porque "ainda sois carnais...e andais segundo o homem"? (1 Coríntios 3:3). Ele lembrava-os de que "as armas da nossa milícia não são carnais" (2 Coríntios 10:4). Nós, também, podemos cair em tal erro se não prestarmos atenção em tais passagens como Tiago 2:1-9, que nos adverte contra este apelo à carne, ao carnal, mostrando acepção de pessoas quando cortejamos os ricos e ignoramos os pobres.
Preguemos e ensinemos até não podermos mais, mas usemos o poder de atração de um Cristo exaltado —o evangelho— e não procuremos engodar os homens através de apelos carnais (João 12:32; 1 Coríntios 2:1-5).

Planta para o crescimento do reino

Planta para o crescimento do reino
Lucas descreveu o crescimento incrível da igreja no livro de Atos. Inícios humildes deram lugar a um aumento nas linhas do povo de Deus. A primeira pregação do evangelho resultou em 3.000 almas entregarem as suas vidas ao Senhor (Atos 2:41). Pouco tempo depois, o número chegou a mais ou menos 5.000 homens (Atos 4:4). Lucas pára de falar de números neste ponto e, depois, se refere as “multidões” de homens e mulheres que foram acrescentados (Atos 5:14). Numa declaração final, ele relata que o número de discípulos continuou a crescer muito (Atos 6:7). Enquanto podemos nos distrair pelos números, não podemos perder de vista o fato de que Lucas revela certos princípios que estavam envolvidos em garantir o sucesso. Não vamos esquecer que os números não são uma amostra do sucesso, a não ser que se adere a estes princípios também, e que Deus é quem dá o aumento. Considere os seguintes pontos principais que são necessários para o crescimento do reino.
Deus estava atrás disso
Aqueles que se desanimaram com a morte do seu líder e aqueles que a viram como o fim do seu movimento aprenderam pela pregação de Pedro que Cristo foi “entregue” pela presciência e desígno de Deus (Atos 2:23). Não há nenhuma derrota em nada que tem Deus por trás. Escreveu bem o salmista, “Os reis da terra se levantam, e os princípes conspiram contra o Senhor e contra o seu Ungido ... Ri-se aquele que habita nos céus; o Senhor zomba deles” (Salmo 2:1-4). Não seremos derrotados, e os nossos esforços prosperarão, enquanto Deus está apoiando o que fazemos em ensinar o evangelho.
Discípulos que oram
Proclamar o Messias ressurreto era perigoso. Mesmo assim, os apóstolos foram ousados na sua proclamação. Depois de serem presos, ameaçados e soltos eles se uniram aos seus irmãos e oraram “Agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra” (Atos 4:29). Deus manifestou o seu poder e a sua presença pegando a casa onde estavam reunidos na sua mão e a fazendo tremer. Eles começaram a falar a palavra com coragem, e nada pôde impedir aqueles que oravam.
Admiração contínua
Quando os apóstolos começaram a falar em línguas no Pentecostes, a multidão estava “perplexa”, “atônita” e “admirada” (Atos 2:6-7). Conforme ouviram as obras poderosas de Deus, continuaram admirados e muito perplexos, dizendo, “Que quer isto dizer?” (Atos 2:11-12). O que queria dizer era que Deus estava trabalhando em cumprir a sua promessa de derramar o seu Espírito sobre a humanidade. Mais tarde, quando o homem coxo foi curado por Pedro, “se encheram de admiração e assombro” (Atos 3:10). Se, algum dia, cessarmos de admirar as obras grandiosas de Deus, a nossa fé sofrerá e os nossos pés não irão mais levar a sua palavra aos outros.
Temor do Senhor
Ananias e Safira mentiram ao Espírito Santo e o seu julgamento e castigo foram rápidos. Imagine os sentimentos dos jovens que enterraram o irmão Ananias e a irmã Safira. Imagine como a notícia se espalhou pela cidade. Um exemplo foi colocado. Deus é exigente. Não podemos ignorar ou diminuir a importância dos mandamentos e da santidade de Deus.
Persistência no ensino
Em pé diante daqueles que haviam matado o seu Senhor, e mandados a não ensinar, Pedro e João disseram, “não podemos deixar de falar” (Atos 4:20). Nunca podemos chegar no nosso potencial de converter os perdidos se pararmos de falar. Devemos continuar a ensinar mesmo quando alguém discorda de nós. Devemos continuar a ensinar mesmo quando nós estamos magoados ou alguém ri de nós. A colheita do fazendeiro está relacionada diretamente à quantidade de sementes que ele planta. Vamos continuar a semear a semente do reino.
Bons relacionamentos entre irmãos
Os truques na manga de Satanás incluem mais do que ameaças externas e perseguição. Satanás tentou destruir a igreja, ainda bebê, com dificuldades internas. Uma reclamação válida surgiu, e lidaram com a situação com rapidez. Algumas das viúvas estavam sendo esquecidas na distribuição diária da comida (Atos 6:1). Todos os esforços de espalhar o evangelho se atrapalham quando os irmãos estão tendo dificuldades. Não foi permitido que os irmãos se preocupassem com isso ao ponto de se distrairem. Devemos resolver as reclamações rapidamente para que possamos nos devotar ao serviço fiel.
A devoção aos ensinos dos apóstolos
Como os apóstolos ligavam as coisas ligadas no céu, o povo ficou devoto aos seus ensinos (Atos 2:42). Esta devoção não é mal-colocada, como alguns sugerem. Não adoramos a palavra, procuramos cumpri-la. Nenhum esforço, não importa quanto for sincero ou devoto, atingirá o sucesso, a não ser que Deus o tenha permitido.
Ênfase na necessidade de obedecer
Pedro disse a uma multidão compungida do coração que todos deviam se arrepender e serem batizados (Atos 2:38). Ele os exortou a se salvarem da sua geração perversa (Atos 2:40). Ele alertou que cada alma que não obedecesse a Cristo, o profeta da profecia de Moisés, seria totalmente destruída (Atos 3:23). Os apóstolos não estavam convidando as pessoas a fazerem parte de um clube. Era um assunto de vida ou morte, rejeição ou obediência. Sumiu hoje na mensagem de muitos a necessidade de obedecer. Temos medo de afastar alguns se ensinarmos aquilo que é esperado? Devemos nos lembrar que não são exigências nossas, mas de Deus.
Devemos consultar a planta muitas vezes quando construímos sobre a fundação do Senhor.

Super Santo


É revoltante ver o exercício da fé emotiva! Ainda outro dia fui pego de surpresa por uma crente de outra igreja que queria tirar  foto comigo e sua família. Detesto isso! Mas, para não ser grosso, aceitei.
Após as fotos ela insistiu em orar por mim. Seu jeito de fé me fez desconfiar. E, novamente, para não ser deselegante, permiti. Afinal de contas, pensei, eu preciso muito de oração.
Confirmando minha desconfiança, constatei que sua oração não passava de meras palavras vazias. Palavras de vento. Sem pé nem cabeça, pediu para Deus abençoar minha refeição e outras bobagens…
Não me ajudou nada! Pelo contrário, me aborreci pela perda de tempo…
O fato é que tudo o que havia ensinado minutos antes não tocaram nada naquela mulher. Seus “aleluias” fora de hora só atrapalharam a reunião.
Há muitos anos tenho observado uma coisa que transfiro a vocês: todas as vezes que deparei com pessoas querendo mostrar muita “espiritualidade”, constatei carmônio (carne + demônio).
O diabo sabe bem enganar gente emotiva. E o pior é que os enganados conseguem enganar outros crentes com essa aparente super-santidade.
Todo crente que vê pecado em tudo acaba manifestando demônio um dia…
Já os nascidos de Deus são equilibrados, têm bom senso e sabem em quem têm crido!
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque devorais as casas das viúvas e, para o justificar, fazeis longas orações; por isso, sofrereis juízo muito mais severo! Mateus 23.14

Engolindo Sapo


1
“O que é andar no espírito?” Perguntou ela. Tratava-se de uma jovem que havia acabado de chegar à igreja e que ainda não estava familiarizada com algumas expressões. Então, o pastor lhe respondeu: “É estar no espírito da fé.” Ela balançou a cabeça, fazendo-o acreditar que havia entendido a sua simples e, ao mesmo tempo, difícil explicação. Ainda confusa, foi para casa e orou, mas nada aconteceu.
Um dia, uma colega de trabalho mentiu a seu respeito e a deixou em apuros com a gerência. Ela ficou tão frustrada que pegou seus pertences e, sem pedir permissão a sua chefe, simplesmente foi para casa mais cedo. Ainda no ônibus, chorava e se perguntava por que Deus havia permitido que tudo aquilo lhe acontecesse; afinal de contas, estava sendo fiel a Ele nos últimos dois meses, que foi quando se convertera. Tudo o que conseguia ouvir em seu coração era “Ande em espírito…”
“Mas, Senhor, como posso andar em espírito se eu não sei o que isso significa?” Foi aí que, sem palavra alguma, Deus falou-lhe com clareza. Ela precisava andar em espírito quando a caminhada fosse difícil, ou seja, tinha que desagradar a sua carne e obedecer à voz da fé. Então, ela desceu do ônibus, voltou para o trabalho e pediu desculpas a sua chefe pelo mau comportamento, que ficou impressionada com sua atitude e resolveu desconsiderar todas as mentiras. Ela não apenas mostrou a sua chefe quem realmente era como também foi promovida, tornando-se gerente.
Isso é o que acontece todos os dias com pessoas que “andam em espírito”. Problemas vêm para todas nós, mas se não tivermos o hábito de usar a nossa fé para combatê-los, usaremos as nossas emoções que sempre causam problemas ainda maiores. Por exemplo, quando o marido diz algo que você não gosta e você responde do mesmo jeito, dando início a uma briga, ou quando você descobre que alguém fez uma fofoca a seu respeito e, sem pensar duas vezes, você decide tirar satisfação com todas as pessoas envolvidas multiplicando a fofoca ainda mais. Ou então, quando você faz um escândalo em público por causa de um péssimo atendimento ao consumidor.
Andar em espírito é um compromisso diário. Quando estamos no espírito, agimos de maneira diferente das outras pessoas, como se fôssemos intocáveis e muito superiores para, nos envolvermos com as coisinhas desse mundo. Aprendemos a engolir alguns sapos e a ignorar determinadas coisas e seguir em frente.
Pessoas que andam em espírito estão sempre no controle de suas emoções. Aquelas que estão no espírito também andam em espírito. Por isso, se você está no espírito, ande em espírito.

Chocalho do Mundo

Chocalho do Mundo

blog26052010
Os adultos usam chocalhos para chamar atenção dos bebês. Doces, balas e guloseimas atraem crianças. Jovens e adultos são vidrados por objetos de consumo que mexem com as emoções. Para muitos, o relacionamento afetivo tem sido o sonho maior.
Satanás tem pleno conhecimento disso. Tanto que tem estimulado as pessoas na conquista do mundo por meio dos chocalhos da mídia. Isso as faz ficarem tão absorvidas com as coisas deste mundo, que nem se dão conta de que têm almas. Simplesmente, as ignoram. Salvo, quando a morte bate à porta da família.
Como pai e líder dos ladrões, o diabo sabe o que é valioso. Seus olhos brilham com o esplendor de uma alma conquistada. Por conta disso, emprega todo seu arsenal na sua conquista. Não tem poupado esforços na tentativa de roubá-la, custe o que custar, porque sabe que sua possessão é por toda a eternidade.
Infelizmente, o ser humano não enxerga isso. Não percebe o tesouro oculto que carrega dentro de si.
O que aproveita o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Mat.16.26

Prova da Fé

blog30052010
Entre os muitos deuses egípcios havia um, cuja cabeça era de ovelha/cordeiro. Por conta disso, os pastores de ovelhas não eram bem vindos entre eles. O remover de sua lã e, em especial, seu sacrifício afrontavam a fé egípcia.
O pedido Divino do sacrifício de um cordeiro e exposição de seu sangue nos umbrais da porta de entrada da casa não deve ter sido tarefa nada fácil para os israelitas. Exigiria coragem. Certamente, isso insultaria os egípcios e os tornaria mais agressivos aos judeus.
Os filhos de Israel tiveram de escolher entre sacrificar a Deus e correr risco de vida ou excluir-se disso e “salvar” a própria pele.
A cada instante da vida os convertidos passam pelo mesmo dilema diante do mundo. Aí está a prova de sua fé.
Tenho aprendido que o exercício da fé é mais uma questão de atitude de coragem em obedecer a voz de Deus do que sentí-Lo.
Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por Minha causa achá-la-á. Mateus 16.25
Ninguém se salva movido por sentimentos. A salvação exige atitude, ação ou materialização da fé. Ou seja, coragem!

Quem espera pela sorte…


blog01052010
Sorte ou Azar?
Era uma vez um menino pobre que morava na China e estava sentado na calçada, do lado de fora da sua casa. O que ele mais desejava era ter um cavalo, mas não tinha dinheiro. Justamente nesse dia, passou em sua rua uma cavalaria, que levava um potrinho incapaz de acompanhar o grupo. O dono da cavalaria, sabendo do desejo do menino, perguntou se ele queria o cavalinho.
Exultante, o menino aceitou. Um vizinho, tomando conhecimento do ocorrido, disse ao pai do garoto: "Seu filho é de sorte!" "Por quê?", perguntou o pai. "Ora", disse ele, "seu filho queria um cavalo, passa uma cavalaria e ele ganha um potrinho. Não é uma sorte?" "Pode ser sorte ou pode ser azar!", comentou o pai.
O menino cuidou do cavalo com todo zelo, mas um dia, já crescido, o animal fugiu. Desta vez, o vizinho diz: "Seu filho é azarento, hein? Ele ganha um potrinho, cuida dele até a fase adulta, e o potro foge!" "Pode ser sorte ou pode ser azar!", repetiu o pai.
O tempo passa e um dia o cavalo volta com uma manada selvagem. O menino, agora um rapaz, consegue cercá-los e fica com todos eles. Observa o vizinho: "Seu filho é de sorte! Ganha um potrinho, cria, ele foge e volta com um bando de cavalos selvagens." "Pode ser sorte ou pode ser azar!", responde novamente o pai.
Mais tarde, o rapaz estava treinando um dos cavalos, quando cai e quebra a perna. Vem o vizinho: "Seu filho é de azar! o cavalo foge, volta com uma manada selvagem, o garoto vai treinar um deles e quebra a perna." "Pode ser sorte ou pode ser azar!", insiste o pai.
Dias depois, o reino onde moravam declara guerra ao reino vizinho. Todos os jovens são convocados, menos o rapaz que estava com a perna quebrada. O vizinho: "Seu filho é de sorte!"
Assim é na vida, tudo que acontece pode ser sorte ou azar. Depende do que vem depois. O que parece azar num momento, pode ser sorte no futuro.
Conta com a sorte.
Em geral as pessoas atribuem o sucesso ou fracasso à sorte ou à falta dela. É uma maneira de pensar que simplesmente bloqueia a criatividade, a inovação, a ação diante dos desafios oferecidos pela vida.
“Quem espera pela sorte, anda junto com o azar."

Como matar a sogra

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Lin é uma linda jovem chinesa, que se casou e, por ainda não terem sua casa própria, foi viver com o marido na casa da sogra.
Depois de algum tempo, começou a ver que não se adaptava à sogra.
Os temperamentos eram muito diferentes e Lin cada vez se irritava mais com os hábitos e costumes da sogra, a quem criticava cada vez com mais insistência.
Com o passar dos meses, as coisas foram piorando, a ponto de a vida se tornar insuportável.
No entanto, segundo as tradições antigas da China, a nora tem que estar sempre a serviço da sogra e obedecer-lhe em tudo.
Mas Lin, não suportando por mais tempo a ideia de viver com a sogra, tomou a decisão de ir consultar um mestre, velho amigo do seu pai.
Depois de ouvir a jovem, o mestre Huang pegou um ramalhete de ervas medicinais e disse-lhe: "Para que você se livre da sua sogra, não deve usar estas ervas de uma só vez, pois isso poderia causar suspeitas. Você deve misturá-las com a comida, pouco a pouco, dia após dia e, assim, ela vai sendo envenenada lentamente. Mas, para ter a certeza de que, quando ela morrer, ninguém suspeitará de nada, você deve ter muito cuidado em tratá-la sempre com muita amizade. Não discuta e ajude-a a resolver os seus problemas."
Lin respondeu: "Obrigada, mestre Huang, farei tudo o que o senhor me recomenda."
Lin ficou muito contente e voltou entusiasmada com o projeto de assassinar a sogra.
Durante várias semanas, Lin serviu, dia sim dia não, uma refeição preparada especialmente para a sogra. E tinha sempre presente a recomendação de mestre Huang para evitar suspeitas: controlava o temperamento, obedecia à sogra em tudo e tratava-a como se fosse a sua própria mãe.
Passados seis meses, toda a família estava mudada.
Lin controlava bem o seu temperamento e quase nunca se aborrecia.
Durante estes meses, não teve uma única discussão com a sogra, que também se mostrava muito mais amável e mais fácil de lidar com ela.
As atitudes da sogra também mudaram e ambas passaram a tratar-se como mãe e filha.
Certo dia, Lin foi procurar o mestre Huang para pedir-lhe ajuda e disse: "Mestre, por favor, ajude-me a evitar que o veneno venha a matar a minha sogra. É que ela transformou-se numa mulher agradável e gosto dela como se fosse a minha mãe. Não quero que ela morra por causa do veneno que lhe dou."
Mestre Huang sorriu e abanou a cabeça: "Lin, não se preocupe. A sua sogra não mudou. Quem mudou foi você. As ervas que lhe dei são vitaminas para melhorar a saúde. O veneno estava nas suas atitudes, mas foi sendo substituído pelo amor e carinho que você começou a dedicar.”
Agora, amigas queridas, preparem as ervinhas e comecem o tratamento com suas sogras!