Continuação de Quarta-feira passada
Lizzy, ao tentar ir atrás de sua avó, Sr Stafford tomou-a em seus braços... ‘Vem aqui minha querida, a vovó tem que falar com a sua mãe.’
‘O papai está triste...’ Lizzy disse preocupada.
‘Oh meu amor, seus pais estão tentando resolver as coisas. Não se preocupe, Deus vai fazer com que tudo dê certo’.
‘Deus está triste com a gente?’
‘Não, de maneira nenhuma. Não é Deus que está fazendo isso minha querida, Ele quer nos ajudar, mas precisamos confiar Nele.’ Seu avô a abraçou bem apertado. ‘Vamos orar por eles agora, feche os olhos e peça ajuda a Deus.’
Lizzy começou a orar. ‘Deus, por favor ajude a minha família... faz o meu papai ficar feliz e a minha mamãe voltar... em Nome de Jesus, Amen.’
‘Muito bem meu amorzinho, agora você precisa acreditar no que você pediu a Deus e você sabe como fazer isso?’
‘Eu tenho que confiar?’
‘Isso mesmo, que menininha esperta!’
‘Como eu confio vovô?’
‘Confiar é saber que tudo vai dar certo, mesmo quando tudo parece estar indo mal’.
‘Eu acho que consigo fazer isso!’
‘Sim, nós dois vamos fazer isso à partir de agora.’ Eles sorriram um para o outro.
Dona Stafford abriu cuidadosamente a porta do quarto de Lizzy e quando viu Lynn chorando, ajoelhada ao lado da cama da Lizzy, seu coração se derreteu. Finalmente ela pôde ver Lynn do jeito que Deus via todos esses anos. Enquanto ela a julgava tanto por ser uma esposa terrível, uma nora ingrata, uma péssima mãe e a pior dona de casa, Deus entendia quem Lynn era e porque se comportava daquela maneira.
‘Lynn,’ Disse ela.
Lynn olhou pra ela, secou suas lágrimas olhando para a outra direção. ‘Desculpa Dona Stafford, eu já vou embora.’
‘Não querida, não vá embora ainda. Vamos conversar um pouco.’
‘Eu não tenho nada pra dizer pra senhora nesse momento...’
‘Tudo bem, você não precisa falar nada... eu só queria pedir desculpas...’ Seus olhos começaram a encher de lágrimas e as suas palavras a vacilar... ‘Eu só te julguei todos esses anos, coisa que você nunca mereceu’. Ela olhou pra baixo, era muito difícil falar tudo que ela tinha dentro de si. ‘Desde que você foi embora, a minha família foi dilacerada e embora eu tenha tentado compensar por tudo que tem lhes faltado, eu não fui e creio que nunca serei capaz de fazê-lo...’
Lynn a olhou nos olhos e pela primeira vez, sentiu uma conexão com sua sogra. ‘Oh Dona Stafford, eu... eu lhe dei todos os motivos pra me julgar. Eu fui uma péssima mãe e esposa.’
‘Não Lynn... se você tivesse sido, a minha família ficaria mais feliz por você ter ido embora... mas não, eles têm estado extremamente infelizes desde que você se foi. Uma boa esposa e mãe é aquela que se faz indispensável à sua família.’ Aproximando-se dela, Donna Stafford pegou suas mãos e a levantou.
As duas se abraçaram bem apertado e choraram. Pela primeira vez em sua vida, Lynn se sentiu chegada a alguém e pra sua surpresa, não foi seu próprio marido ou filha, mas a pessoa que a desprezou desde a primeira vez que se encontraram. A mãe de Carl sempre mostrou tanta perfeição, que ela sempre se sentiu inferior. Que bom ser capaz de ver a verdadeira Dona Stafford e sentir seus braços à sua volta, como se finalmente ele tivesse encontrado a sua própria mãe.
‘Me perdoe Dona Stafford.’
‘Oh minha querida, por favor me chame de mãe.’
‘Mãe, me perdoa’.