sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Jejum


ESTUDO BÍBLICO SOBRE JEJUMJejum

Abstinência de toda alimentação por um período limitado. Jejuns corretamente motivados visavam mostrar tristeza e arrependimento piedosos para com pecados anteriores. (1Sa 7:6; Jl 2:12-15; Jon 3:5) Eram também apropriados diante de grande perigo, quando em premente necessidade de orientação divina, ao suportar testes e enfrentar tentações, ou ao estudar, ao meditar ou ao concentrar-se nos propósitos divinos. (2Cr 20:3; Esd 8:21; Est 4:3, 16; Mt 4:1, 2) O jejum não era uma forma de punição imposta a si mesmo, mas significava humilhar-se diante de Yehowah. (Esd 8:21; 9:5; compare isso com 1Rs 21:27-29.) Jesus jejuou 40 dias, como fizeram Moisés e Elias, os quais apareceram em forma de visão com Jesus na transfiguração dele. — Mt 17:1-9; Êx 34:28; De 9:9; 1Rs 19:7, 8.

A Lei mosaica não emprega o termo “jejum”, mas, em relação com o Dia da Expiação, ela ordena: “Deveis atribular as vossas almas.” (Le 16:29-31; 23:27; Núm 29:7) Entende-se geralmente que isto significa jejuar, e este conceito é apoiado por Isaías 58:3, 5 e Salmo 35:13.

O capítulo 58 de Isaías trata duma época em que os pecados dos judeus eram pesados; contudo, eles não se arrependeram sinceramente, embora fingissem adorar a Yehowah, prestando-lhe serviço pró-forma e realizando atos ou práticas apenas ostensivos. O jejum era uma de tais práticas, e eles pensavam que este lhes granjearia a atenção e o favor de Deus. Quando isto fracassou, perguntaram em aparente perplexidade: “Por que razão jejuamos e tu não o viste, e atribulamos a nossa alma e tu não o notavas?” Yehowah lhes disse o motivo. Mesmo durante o jejum, enquanto pediam Seus julgamentos justos e agiam como se aplicassem a própria justiça, entregavam-se aos seus próprios prazeres e negócios, empenhavam-se em lutas, opressão e violência; não mostravam nenhuma tristeza piedosa e arrependimento associados com jejuns sinceros. O jejum deles não era do tipo para fazer sua voz ser ouvida no céu, embora seus lamentos ostentosos fossem deveras barulhentos. Yehowah denunciou o ato hipócrita que eles encenavam: “Acaso deve o jejum que eu escolho tornar-se assim, como um dia em que o homem terreno atribula a sua alma? Por encurvar a sua cabeça como o junco e para que estenda apenas serapilheira e cinzas como o seu leito? É isto o que chamais de jejum e de dia aceitável para Yehowah?” — Is 58:1-5.

Para ser aceitável, o jejum tem de ser acompanhado da correção dos pecados anteriores. Mediante seu profeta Isaías, Yehowah revelou o que considerava ser o verdadeiro jejum, dizendo: “Não é este o jejum que escolhi? Soltar os grilhões da iniquidade, desatar as brochas da canga e deixar ir livres os esmagados, e que rompais toda canga? Não é partilhares o teu pão ao faminto e introduzires na tua casa pessoas atribuladas, sem lar? Que, caso vejas alguém nu, tu o tenhas de cobrir, e que não te ocultes da tua própria carne?” — Is 58:6, 7.

Quatro Jejuns Anuais dos Judeus. Os judeus estabeleceram muitos jejuns, e, em certa época, tinham quatro jejuns anuais, evidentemente para assinalar os eventos calamitosos associados com o sítio e a desolação de Jerusalém no sétimo século AEC. (Za 8:19) Os quatro jejuns anuais eram: (1) “O jejum do quarto mês” comemorava, pelo que parece, a brecha nos muros de Jerusalém aberta pelos babilônios, em 9 de tamuz de 607 AEC. (2Rs 25:2-4; Je 52:5-7) (2) Foi no quinto mês judaico, ab, que o templo foi destruído, e, evidentemente, “o jejum do quinto mês” era celebrado como lembrete deste evento. (2Rs 25:8, 9; Je 52:12, 13) (3) “O jejum do sétimo mês”, pelo que parece, era celebrado como triste recordação da morte de Gedalias, ou da completa desolação da terra, que se seguiu ao assassínio de Gedalias, quando os judeus remanescentes, com medo dos babilônios, desceram ao Egito. (2Rs 25:22-26) (4) “O jejum do décimo mês” pode ter estado ligado aos judeus exilados já em Babilônia, ao receberem a triste notícia de que Jerusalém tinha caído (veja Ez 33:21), ou pode ter comemorado o início do sítio bem-sucedido contra Jerusalém, por Nabucodonosor, no décimo dia daquele mês, em 609 AEC. — 2Rs 25:1; Je 39:1; 52:4.

Quando certos judeus perguntaram por meio de Zacarias: “Chorarei no quinto mês, observando abstinência, assim como fiz, oh! por tantos anos?” Yehowah respondeu: “Quando jejuastes . . . por setenta anos, jejuastes realmente para mim, sim, para mim?” Deus mostrou que o verdadeiro jejum para ele teria sido acompanhado pela obediência, e que aquilo que ele requeria era veracidade, julgamento, paz e um coração sincero. Assim, em vez de um lamentoso jejum e de olharem para trás, para o passado, eles poderiam exultar e alegrar-se nas épocas festivas com as bênçãos do restabelecimento da adoração verdadeira e o ajuntamento de outros ao serviço de Yehowah. — Za 7:3-7; 8:16, 19, 23.

Conselho Cristão Sobre o Jejum. Quando Jesus estava na terra, deu a seguinte instrução aos seus discípulos: “Quando jejuardes, parai de ficar com o rosto triste, como os hipócritas, pois desfiguram os seus rostos para que pareça aos homens que estão jejuando. Deveras, eu vos digo: Eles já têm plenamente a sua recompensa. Mas tu, quando jejuares, unta a tua cabeça e lava o rosto, para que não pareça aos homens que estás jejuando, mas ao teu Pai, que está em secreto; então o teu Pai, que olha em secreto, te recompensará.” (Mt 6:16-18) Jesus fazia aqui alusão ao jejum insincero dos fariseus, que mencionou numa ilustração em outra oportunidade. (Lu 18:9-14) Era costumeiro para os fariseus jejuar duas vezes por semana, no segundo e no quinto dia da semana. — Lu 18:12.

Abster-se alguém de alimento meramente de modo formal é descrito por Paulo como sujeitar-se a decretos: “Não manuseies, nem proves, nem toques”, e ele diz que “estas mesmas coisas, deveras, têm aparência de sabedoria numa forma de adoração imposta a si próprio e em humildade fingida, no tratamento severo do corpo; mas, não são de valor algum em combater a satisfação da carne”. — Col 2:20-23.

Algumas seitas religiosas da cristandade têm imposto jejuns aos seus membros, mas a própria Bíblia não ordena aos cristãos jejuar. Quando Jesus falou aos seus discípulos sobre o jejum, como acima mencionado (Mt 6:16-18), ele e seus discípulos ainda estavam sob a Lei mosaica, e observavam o Dia da Expiação e seu jejum.

O texto em Mateus 17:21, sobre o jejum, que aparece na versão Almeida, não consta em alguns dos mais importantes manuscritos antigos. Igualmente, embora a King James Version mencione um jejum em Marcos 9:29 (também, Al), em Atos 10:30 e 1 Coríntios 7:5, de acordo com esses manuscritos, tais textos não contêm nenhuma referência a jejuns.

Alguns têm considerado Mateus 9:15 como uma ordem para os cristãos jejuarem. Na realidade, Jesus estava simplesmente fazendo uma declaração do que iria acontecer quando ele morresse. Enquanto Jesus estava com seus discípulos na terra, não era apropriado que jejuassem. Quando ele morreu, deveras prantearam e jejuaram. Mas não tinham nenhum motivo para jejuar lamuriosamente depois da ressurreição dEle, e especialmente não depois do maravilhoso derramamento do Espírito Santo. (Mr 2:18-20; Lu 5:33-35) Por certo, os cristãos não estavam obrigados a jejuar no aniversário da morte do Senhor, pois o apóstolo Paulo, corrigindo abusos relacionados com tomar uma ceia no lugar de reunião da congregação antes da Refeição Noturna do Senhor, disse: “Não é que certamente tendes casas para comer e beber? . . . Consequentemente, meus irmãos, quando vos reunirdes para o comer [i.e., a Refeição Noturna do Senhor], esperai uns pelos outros. Se alguém tiver fome, coma em casa, para que não vos reunais para julgamento.” — 1Co 11:22, 33, 34.

Ao passo que não jejuavam como questão dum requisito religioso, os primitivos cristãos deveras jejuavam em ocasiões especiais. Quando Barnabé e Paulo foram enviados numa designação especial para a Ásia Menor, houve tanto jejuns como orações. Também, faziam-se orações “com jejuns” quando presbíteros eram designados numa nova congregação. (At 13:2, 3; 14:23) Assim, os cristãos não estão sob uma ordem para jejuar, nem estão proibidos de fazê-lo. — Ro 14:5, 6.

continuação

Quando possível, comece e termine cada dia ajoelhado com o seu cônjuge ( se tiver, e também for crente ) para um breve momento de louvor e agradecimento a Deus. Períodos maiores com o nosso Senhor em oração e estudo da Sua Palavra são sempre melhores quando estamos sozinhos. Uma rotina diária é vital também. Dr. Júlio C. Rubial (nutricionista, pastor e especialista em jejum e oração) sugere uma lista de sucos que podem ser úteis e satisfatórios para você.
Dicas sobre o jejum de líquidos:
  • Consumir suco de frutas irá diminuir a sua "dor-de-fome" e fornecerá alguma energia natural do açúcar. O sabor e o estímulo irão motivar fortalecê-lo para continuar o jejum.
  • Os melhores sucos são feitos a partir de melancias, limões, uvas, maçãs, repolhos, beterrabas, cenouras, salsões ou folhas de legumes verdes frescos. Em tempos frios você poderá desfrutar de um caldo de vegetais quentes.
  • Misture os sucos ácidos (laranja, tomate) com água para não comprometer seu estômago.
  • Evite bebidas com cafeína. Evite também os chicletes ou mentolados, mesmo que o seu hálito esteja ruim. Eles estimulam a ação digestiva do seu estômago.
6° Passo: Termine o Jejum Gradualmente - Comece a comer gradualmente. Não coma comidas sólidas imediatamente após o seu jejum. A introdução súbita de alimentos sólidos no seu estômago irá causar conseqüências negativas ou até mesmo perigosas. Se você terminar o seu jejum gradualmente, os efeitos benéficos, físicos e espirituais irão resultar em uma boa saúde. Eis algumas sugestões para ajudá-lo a finalizar o seu jejum apropriadamente:
Termine um jejum prolongado de líquidos com frutas como melancia.
1)Enquanto continuar a beber sucos de frutas ou verduras, adicione o seguinte:
Primeiro dia: Adicione a salada crua.
Segundo dia: Adicione a batata assada ou cozida, sem manteiga e sem temperos.
Terceiro dia: Adicione uma verdura cozida no vapor.
Os dias seguintes: Comece a retornar a sua dieta normal.
2)Retorne gradualmente a comer regularmente com vários lanches pequenos durante os primeiros dias. Comece com uma sopa pequena e frutas frescas como melancia ou melão. Prossiga com algumas colheres de comida sólida como fruta e verdura fresca ou uma salada crua e batata assada.
 7° Passo: Espere os Resultados - Se você se humilhar sinceramente perante o Senhor, arrepender-se, orar e procurar a face de Deus; se você meditar consistentemente na Sua Palavra, você irá experimentar uma percepção maior da Sua presença (João 14.21). O Senhor irá dar um vigoroso e novo discernimento espiritual. Sua confiança e fé em Deus irão se fortalecer. Você se sentirá mentalmente, espiritualmente e fisicamente renovado. Você verá respostas para as suas orações. Um único jejum entretanto, não é um remédio "cura-tudo" espiritual. Assim como precisamos de um novo enchimento do Santo Espírito diariamente, nós também precisamos de novos períodos de jejum perante Deus. Um jejum de 24 horas cada semana tem sido altamente recompensador para muitos cristãos. Leva tempo para fortalecer seu músculo do jejum espiritual. Se você falhar em fortalecê-lo no primeiro jejum, não desanime. Você pode ter tentado um jejum muito prolongado na primeira vez ou talvez precise fortalecer seu entendimento e determinação. Assim que possível, submeta-se a um outro jejum até que seja bem sucedido. Deus haverá de honrá-lo pela sua fidelidade. Eu o encorajo a juntar-se a mim no jejum e na oração, uma vez após outra, até que nós experimentemos verdadeiramente um reavivamento em nossas casas, nossas igrejas.

Antes de jejuar


a)Não comece o seu jejum abruptamente.
b)Prepare o seu corpo. Coma pequenas refeições antes de começar o jejum. Evite alimentos de alto teor de gordura e açúcar.
c)Coma frutas e verduras cruas por 2 dias antes de começar o jejum.
Enquanto você jejuar.
Seu tempo de jejum e oração chegou. Você está se abstendo de todas as comidas sólidas e está buscando ao Senhor. Aqui estão algumas sugestões úteis a serem consideradas:
a)Evite medicações, mesmo as medicações a base de ervas naturais e homeopáticas. As medicações devem ser retiradas apenas com a supervisão do seu médico.
b)Limite as suas atividades.
c)Exercite-se moderadamente. Ande 1a 4 Km por dia, se for conveniente e confortável.
d)Descanse o máximo que o seu horário permitir.
e)Prepare-se para um período de desconforto mental temporário como: impaciência, irritabilidade e ansiedade.
f)Espere algum desconforto físico, especialmente no segundo dia. Você poderá ter breves dores causadas pela fome, tonturas ou algo "esquisito". A retirada de café e açúcar pode causar cefaléia. O mal estar físico pode incluir fraqueza, cansaço ou sonolência.
Os primeiros dois ou três dias são geralmente os mais difíceis. A partir do momento que você prossegue com o jejum, você irá experimentar uma sensação de bem-estar, tanto físico como espiritual. Quando sentir a "dor-de-fome", aumente a ingestão de líquidos
 
Parte 10 - O JEJUM  ( continuação )
 5º Passo: Mantenha-se no Programa - para um aproveitamento espiritual máximo, separe bastante tempo para estar sozinho com o Senhor. Ouça a sua direção. Quanto mais tempo você passa com Ele, mais significativo será o seu jejum.
De manhã:
1.Comece o seu dia com louvor e adoração.
2.Leia e medite na Palavra de Deus.
3.Convide o Espírito Santo a trabalhar em você para querer e realizar a Sua boa vontade de acordo com Filipenses 2.13.
4.Convide Deus a usá-lo. Peça a Ele para mostrar a você como influenciar seu mundo, sua família, sua igreja, sua comunidade, seu País e assim por diante.
5.Ore para ter a visão de como Ele deseja usar a sua vida e por poder para realizar a Sua vontade.
De tarde:
1.Volte para a oração e a Palavra de Deus. Faça uma breve caminhada de oração intercessória pelos líderes de sua comunidade e Nação, pelas milhares de pessoas não alcançadas, por suas necessidades especiais.
De noite:
1.Fique um tempo sozinho, sem pressa para "buscar a Sua face".
2.Se outras pessoas estiverem jejuando com você, encontrem-se para orar.
3.Evite a televisão e outras formas de distração que possam desviar o seu foco espiritual.

Parte 9 - O JEJUM ( parte 1 )


 O jejum é uma das mais eficazes ferramentas espirituais quando relacionado com a oração. Desejo que você leia estas orientações do pastor Bill Bright sobre o jejum e que cada membro da Igreja seja eficiente nesta disciplina espiritual até vermos a glória do Senhor cobrindo nossa cidade "como as águas cobrem o mar".Isaias 58 :3-10
 COMO COMEÇAR O SEU JEJUM.
 Como começar e conduzir o seu jejum irá determinar grandemente o seu sucesso. Seguindo estes sete passos básicos para o jejum, você irá tomar o seu tempo com o Senhor muito mais significativo e espiritualmente recompensador.
1° Passo: Defina o seu Objetivo - Por que você está jejuando? É para a sua renovação espiritual, por direção, cura, solução dos problemas, graça especial para enfrentar uma situação difícil? Peça ao Espírito Santo que mostre claramente a sua direção e os objetivos para o seu jejum e oração. Isto irá capacitá-lo a orar mais específica e estrategicamente. Através do jejum e da oração, nós nos humilhamos perante Deus de tal forma que o espírito Santo irá avivar o nosso espírito, despertar as nossas igrejas e sarar a nossa terra de acordo com II Crônicas 7.14. Faça disso prioridade no seu jejum.
2° Passo: Faça o seu Compromisso - Ore sobre o tipo de jejum que você deve adotar. Jesus deu a entender que todos os Seus seguidores deveriam jejuar (Mateus 6.16-18; 9.14,15). Para Ele a questão era quando os crentes iriam jejuar e não se eles jejuariam. Antes de jejuar, decida sobre os tópicos abaixo:
  • Qual será a duração do seu jejum - uma refeição, um dia, uma semana, várias semanas, quarenta dias (os iniciantes devem começar lentamente, até alcançar jejuns mais prolongados).
  • Que tipo de jejum Deus quer que você adote (de água, apenas, ou de água e sucos; de comida; de ambos).
  • Que atividades físicas ou sociais você irá restringir-se.
  • Quanto tempo por dia você dedicará à oração e Palavra de Deus.
Fazer esses compromissos com antecedência irá ajudá-lo a sustentar o seu jejum quando as tentações físicas e as pressões da vida tentarem fazê-lo abandonar o seu jejum.
3° Passo: Prepare-se Espiritualmente - O fundamento básico do jejum e oração é o arrependimento. Pecados não confessados irão bloquear as suas orações. Aqui estão algumas coisas que você pode fazer para preparar o seu coração:
1.Peça a Deus para ajudá-lo a fazer uma lista abrangente dos seus pecados.
2.Confesse cada pecado que o Espírito santo trouxer a sua mente e aceite o perdão de Deus (I Jo 1.9).
3.Procure obter o perdão de todos os que você ofendeu e perdoe a todos os que o feriram (Mc 11.25; Lc 11.4; 17:3,4).
4.Faça restituições à medida que o Espírito Santo lhe mostrar.
5.Peça a Deus para enchê-lo com o Seu Espírito Santo de acordo com a sua ordem em Éfesios 5.18 e a Sua promessa em I Jo 5:14,15.
6.Entregue a sua vida completamente a Jesus Cristo como o seu Senhor e Mestre; recuse-se a obedecer a sua natureza mundana (Rm 12.1,2).
7.Medite sobre os atributos de Deus, Seu amor, soberania, sabedoria, fidelidade, graça, compaixão, e outros (Sl 48.9,10; 103.1-8,11-13).
8.Comece o seu tempo de jejum e oração com uma expectativa no seu coração (Hb 11.6).
9.Não subestime a oposição espiritual. Satanás muitas vezes intensifica a batalha natural entre o corpo e o espírito (Gl 5.16,17).
4° Passo: Prepare-se Fisicamente - Jejum requer precauções conscientes. Consulte o seu médico em primeiro lugar, especialmente se você toma alguma medicação ou tem uma enfermidade crônica. Algumas pessoas nunca devem jejuar sem a supervisão de um profissional. Preparação física faz com que uma mudança drástica na sua rotina alimentar seja mais fácil, de tal modo que você possa concentrar toda a sua atenção para o Senhor em oração.

continuação

unicamente pelo sangue de Jesus, logo não é bíblico pregar que o jejum serve para a santificação ou purificação de
pecados.
Trazendo o texto de Isaías para nossa realidade, é errado buscar santidade através de um ritual, por mais sincero que
ele seja. Só uma real entrega à pessoa do Senhor Jesus e total obediência as suas ordens, expressas na Palavra de
Deus, podem nos levar a santificação. Sobre isso nos diz o autor do livro de Hebreus:
“A Lei traz apenas uma sombra dos benefícios que hão de vir, e não a sua realidade. Por
isso ela nunca consegue, mediante os mesmos sacrifícios repetidos ano após ano,
aperfeiçoar os que se aproximam para adorar. [...] Contudo, esses sacrifícios são uma
recordação anual dos pecados, pois é impossível que o sangue de touros e bodes tire
pecados. Por isso, quando Cristo veio ao mundo, disse: “Sacrifício e oferta não quiseste,
mas um corpo me preparaste; de holocaustos e ofertas pelo pecado não te agradaste.
Então eu disse: Aqui estou, no livro está escrito ao meu respeito; vim para fazer a tua
vontade, ó Deus”. Primeiro ele disse: “Sacrifícios, ofertas, holocaustos e ofertas pelo
pecado não quiseste, nem dela te agradaste” (os quais eram feitos conforme a Lei). Então
acrescentou: “Aqui estou; eu vim para fazer a tua vontade”. Ele cancela o primeiro para
estabelecer o segundo. Pelo cumprimento dessa vontade fomos santificados, por
meio do sacrifício do corpo de Jesus Cristo, oferecido de uma vez por todas” – Hebreus
10.1,3-10, Nova Versão Internacional.
Ou seja, é o cumprimento da vontade de Deus que nos torna santos diante dele. É a obediência que nos faz chegar
diante de sua presença, ouvir e ser ouvido. Era justamente essa a reclamação do povo que Isaías se preocupa em
retalhar. No versículo três eles alegam não ter respostas da parte de Deus, e Deus se defende dizendo que durante o
jejum o povo se preocupa apenas com seus próprios interesesses.
“Faze-me justiça, Senhor, pois tenho vivido com integridade.” Salmo 26.1
— Nova Versão Internacional
“Mas o Senhor protege aqueles que o temem, aqueles que firmam a
esperança no seu amor, para livrá-los da morte e garantir-lhes a vida,
mesmo em tempos de fome.” Salmo 33.18-19 — Nova Versão Internacional
“O Senhor está perto de todos que o invocam, de todos os que o invocam
com sinceridade.” Salmo 145.18 — Nova Versão Internacional
É lindo ver, no livro de Salmos, as muitas passagens em que os autores clamam a Deus usando sua maneira de viver
como argumento para serem ouvidos. Não eram palavras vãs, mas uma vida íntegra, de obediência, sinceridade e
submissão à vontade do pai. É desses que Deus está perto, é daqueles que O temem que Ele protege!
A lição que aprendemos hoje é bastante simples: somente através de uma vida reta, um comportamento obediente,
seremos santos e teremos condições de sermos ouvidos por Deus. Não importa o que seja feito, um jejum, uma grande
oferta, um sacrifício por maior que seja, nada disso pode nos aproximar do Pai, nada além de nos tornarmos iguais a
seu amado filho Jesus Cristo.
Amanhã continuaremos procurando em outras partes da Bíblia as raízes e a prática do jejum e nos prolongaremos um
pouco mais nos versículos estudados hoje.

ESTUDO SOBRE JEJUM


Texto Base: Isaías 58.
2º dia. Versículos 03 e 04:
“...dizendo: Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso? Por que
afligimos a nossa alma, e tu não o levas em conta? Eis que, no dia em que
jejuais, cuidais dos vossos próprios interesses e exigis que se faça todo o
vosso trabalho. Eis que jejuais para contendas e rixas e para ferirdes com
punho iníquo; jejuando assim como hoje, não se fará ouvir a vossa voz no
alto.” — Almeida Revista e Atualizada
O que estudamos ontem encontra finalmente sua razão de ser: existem pessoas que ousam chegar-se junto a Deus,
exigindo de sua parte uma resposta, mas não tem compromisso nenhum com os preceitos mais caros a nosso Senhor.
O versículo três começa com uma realidade terrível: há quem utilize o jejum ou outras formas de devoção religiosa como
moeda de troca com Deus. E essa é a primeira coisa que o texto de Isaías nos ensina sobre o que não é jejum. Jejuar
não é uma forma de barganha espiritual. Deus não vai nos ouvir ou deixar de nos ouvir se jejuamos ou não. O jejum
não abre os céus para que tenhamos uma atenção especial do Senhor. É justamente essa motivação errada que o autor
dessa passagem começa atacando.
Jesus narra, Lucas 18.9-15, uma parábola sobre dois homens que subiram pra orar no templo: um fariseu e outro
publicano. O fariseu se gabava de todos os seus feitos, inclusive o jejum, que realizava duas vezes por semana. Era uma
oração orgulhosa, e o pior, era realizada no íntimo, oculto de todos, com exceção de Deus. Era grato por dar o dízimo de
tudo quanto ganhava. Por outro lado, o publicano nem ao menos chegou perto do templo tamanha vergonha, “nem
ousava olhar para o céu”. Apenas dizia: “Deus, tem misericórdia de mim que sou pecador.” Os publicanos era odiados por
todo o povo (por exemplo, em Mateus 9.10,11). Eles eram cobradores de impostos. Os judeus consideravam o dinheiro
vindo de um cobrador como impuro, tanto que nem o dízimo podiam dar, ao contrário do fariseu que se orgulhava disso.
Jesus, ao fim, disse que o publicano, e não o fariseu, fora justificado pela sua humildade, pois “quem se orgulha será
exaltado”.
Na época de Isaías muitos estavam jejuando como se fosse uma disputa (a palavra hebraica para contenda é riyb,
Strong, nº 07379, e quer dizer contenda, controvérsia, disputa) de quem agüentava mais tempo sem comer, ou ainda
quem obtia mais bençãos do Senhor. Quando jejuavam, não faziam mais nada, exigiam que outros fizessem seus
trabalhos. Muito interessante que a parábola narrada pelo Senhor Jesus se assemelha ao contexto de Isaías. Pessoas
querendo parecer mais justas e santas, melhores que as demais. No fim do versículo 4, Deus fala que jejuando dessa
forma, “não se fará ouvir a vossa voz do alto”.
Mas para que servia o Jejum em Israel? Em toda a Lei, ou Torah, entregue por Deus a Moisés (e que compreende os
primeiros cinco livros de nossas Bíblias), não há uma única referência as palavras hebraicas para jejum, a saber os
radicais: tsum, o verbo e tsom, substantivo. Suas traduções são praticamente literais, não querem dizer outra coisa a
não ser abster-se de alimento. Mas encontramos em Levítico 16.29,31 uma indicação do que seria um jejum nacional:
“E isto vos será por estatuto perpétuo: no sétimo mês, aos dez do mês, afligireis as vossas
almas, e nenhum trabalho fareis nem o natural nem o estrangeiro que peregrina entre vós.
Porque naquele dia se fará expiação por vós, para purificar-vos; e sereis purificados de
todos os vossos pecados perante o SENHOR. É um sábado de descanso para vós, e afligireis
as vossas almas; isto é estatuto perpétuo” – Almeida Corrigida e Fiel.
Todo o capítulo dezesseis do livro de Levítico é extremamente interessante do ponto de vista da História da Salvação. Ele
estabelece que, em Israel, anualmente o Sumo Sacerdote devia entrar no Santuário do Senhor e oferecer um sacrifício
pelos pecados de todo o povo. Assim eles estariam puros e sem culpa diante de Deus. É como se fosse uma prévia do
que Jesus faria em nossas vidas. O livro de Hebreus nos diz que Jesus é um “Sumo Sacerdote Eterno, Único e
Perfeito” (Hebreus 7.20-28). Afirma também que, de uma vez por todas, podemos entrar no Santuário, pelo sangue de
Jesus (10.19-22). Mas o que tem a ver o texto de Levítico e os de Hebreus com o jejum? É que os judeus passaram a
interpretar uma expressão contida no texto de Moisés como sinônimo de Jejum. Trata-se de inah nafsho, que nossas
Bíblias traduzem por “afligir a alma”. A raíz etimológica de inah, (ou afligir), quer dizer estar ocupado, estar atarefado
com, humilhar-se, enfraquecer algo (Strong, nº 6031). Por causa do sentido de enfraquecer interpretou-se aí um jejum
nacional, onde todos se prostravam diante de Deus, arrependidos pelos pecados cometidos durante o ano que se
passou. É a raiz de inah a palavra por trás de “nos humilhamos” no texto que escolhemos para Isaías 58.3.
Ligando Levítico com Isaías, vemos que uma das funções do Jejum no Antigo Testamento era a purificação anual de
pecados. Nós, que cremos em Cristo Jesus fomos, de uma vez por todas, santificados por seu sangue, como
aprendemos no texto de Hebreus. Isso nos ensina mais uma coisa que, definitivamente, não é jejum: condição para
salvação. Pela graça somos salvos (Efésios 2.8), pela Palavra de Deus somos purificados, limpos de nossos pecados
(João 15.3). Fomos santificados, lavados e tornados justos diante de Deus simplesmente através do nome de Jesus
Cristo (1ª Coríntios 6.11). Vamos tentar resumir: Segundo o texto de Levítico, o Jejum servia para a purificação dos
pecados do povo judeu. Através de Cristo o pecado foi de uma vez por todas derrotado, e os nossos são perdoadosunicamente pelo sangue de Jesus, logo não é bíblico pregar que o jejum serve pa