A besta do Apocalipse
O principal agente do diabo em sua perseguição da igreja era uma besta selvagem que emergiu do mar (Apocalipse 13:1-10). Ela representava um rei (17:9-11). A evidência do Apocalipse é que a besta não estava no futuro remoto (17:7-11) e teria somente uma curta carreira (13:5). Com a estrutura de tempo na qual devemos procurar aplicações históricas estabelecidas (veja Andando na Verdade, Ano 1, Número 2, 23-25), poderia eu apontar algumas interessantes coincidências entre o Apocalipse e a História do primeiro século d.C. sem parecer muito dogmático?
Golpe de morte na besta
A besta tinha sete cabeças (13:1); uma "como golpeada de morte", mas "essa ferida mortal foi curada" e o mundo ficou maravilhado (13:3). Esta descrição é, com toda possibilidade, uma alusão aos acontecimentos de 69 d.C., o "Ano dos Quatro Imperadores". A má administração dos últimos anos de Nero tinha gerado revolta e o suicídio dele em 68 d.C. foi seguido por guerra civil. Quatro diferentes imperadores reivindicaram o trono em 69 d.C. O império foi sacudido até os seus alicerces. A ordem foi, contudo, restabelecida sob Vespasiano. O golpe de morte foi curado e o mundo se maravilhou.
A lenda de Nero
"A besta", foi dito a João, "era e não é, está para emergir do abismo... era e não é, mas aparecerá" (17:8). As sete cabeças são sete reis: "...dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou". A própria besta é o oitavo rei e "procede dos sete" (10-11). Tenho considerável confiança em que esta descrição se relaciona de algum modo com a assim chamada "lenda de Nero".
Depois do suicídio de Hitler circulou o boato que ele ainda estava vivo, talvez escondido em algum lugar da América do Sul, planejando uma segunda tentativa. Rumores semelhantes seguiram a morte de Nero. Alguns não queriam crer que ele estava morto. Supunha-se que estivesse escondido, para voltar logo e reclamar o trono. Apareceram pretendentes, declarando serem Nero, e reuniram seguidores. Esta "lenda de Nero" é documentada pelos historiadores romanos do primeiro século Tácito e Suetônio.
Em 69 d.C., escreveu Tácito, "quatro imperadores pereceram violentamente. Houve guerras civis, ... e graças às atividades de um charlatão mascarado de Nero, até a Partia esteve na beira de declarar guerra" (Histórias, i. 2; Edição Penguin, brochura, pág. 21 e seguintes).
Por este tempo a Acaia e a Ásia estavam abaladas por um alarme falso. Circulou o boato que Nero estava a caminho para lá. Tinha havido histórias conflitantes sobre sua morte, e numerosas pessoas imaginavam -- e acreditavam -- que ele estivesse vivo... Nesta ocasião o homem envolvido era um escravo do Ponto, ou, de acordo com outros relatos, um liberto da Itália. A circunstância de ser ele era um harpista e cantor por profissão, quando somada com uma semelhança facial, a impostura muito plausível (Tácito, Histórias, ii. 8f., Penguin, brochura, pág. 85 e seguintes).
Depois da morte de Nero, escreveu Suetônio sobre seus amigos: "...até continuaram a circular seus éditos, fingindo que ele ainda estava vivo e logo voltaria para confundir seus inimigos... Vinte anos mais tarde, quando eu era um jovem, um indivíduo misterioso apareceu declarando ser Nero; e tão mágico foi o som de seu nome aos ouvidos dos partas que eles o apoiaram com o melhor de 61sua capacidade, e estiveram muito relutantes em aceder às exigências de Roma de sua extradição (Nero, 57, em Os Doze Césares; Penguin, pág. 240 e seguintes).
João, naturalmente, não creu numa tal fábula. Mas parece que ele fez uso dela, pois continha um elemento de verdade. Um monstro perseguidor como Nero estava no horizonte. Não o próprio Nero, mas um segundo Nero apareceria, outro rei em quem o espírito e o caráter de Nero seria revivido. Ele seria um oitavo rei, mas "dos sete", um segundo Nero, possivelmente Domiciano.
Número da besta
"Apocalipse 13:17 e seguintes e 15:2, se referem a numerologia, que era muito familiar às pessoas dos tempos antigos. De acordo com ela, desde que cada letra grega tenha um valor numérico, um nome poderia ser substituído por um número representando o total dos valores numéricos das letras formando o nome" (Arndt & Gingrich, Lexicon, 106). Um sujeito apaixonado rabiscou numa parede da antiga Pompéia uma sentença grega que se traduz, "Eu amo aquela cujo número é 545" (Adolf Deissman, Luz do Oriente Antigo, 277).
À luz da alusão evidente a Nero discutida acima, talvez possamos considerar a solução para este enigma dado no Lexicon, 669, Grimm-Thayer. O número 666 é chamado "um número místico cujo significado é claro quando está escrito em letras hebraicas ... 'Nero César'".
Data do Apocalipse
O debate sobre a data do Apocalipse continuará. Mas o próprio livro não exige uma data entre os perseguidores, um passado e um futuro, ao invés de uma data durante o reinado de qualquer deles? E não deveria esta evidência interna ter precedência sobre qualquer testemunho externo?
Golpe de morte na besta
A besta tinha sete cabeças (13:1); uma "como golpeada de morte", mas "essa ferida mortal foi curada" e o mundo ficou maravilhado (13:3). Esta descrição é, com toda possibilidade, uma alusão aos acontecimentos de 69 d.C., o "Ano dos Quatro Imperadores". A má administração dos últimos anos de Nero tinha gerado revolta e o suicídio dele em 68 d.C. foi seguido por guerra civil. Quatro diferentes imperadores reivindicaram o trono em 69 d.C. O império foi sacudido até os seus alicerces. A ordem foi, contudo, restabelecida sob Vespasiano. O golpe de morte foi curado e o mundo se maravilhou.
A lenda de Nero
"A besta", foi dito a João, "era e não é, está para emergir do abismo... era e não é, mas aparecerá" (17:8). As sete cabeças são sete reis: "...dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou". A própria besta é o oitavo rei e "procede dos sete" (10-11). Tenho considerável confiança em que esta descrição se relaciona de algum modo com a assim chamada "lenda de Nero".
Depois do suicídio de Hitler circulou o boato que ele ainda estava vivo, talvez escondido em algum lugar da América do Sul, planejando uma segunda tentativa. Rumores semelhantes seguiram a morte de Nero. Alguns não queriam crer que ele estava morto. Supunha-se que estivesse escondido, para voltar logo e reclamar o trono. Apareceram pretendentes, declarando serem Nero, e reuniram seguidores. Esta "lenda de Nero" é documentada pelos historiadores romanos do primeiro século Tácito e Suetônio.
Em 69 d.C., escreveu Tácito, "quatro imperadores pereceram violentamente. Houve guerras civis, ... e graças às atividades de um charlatão mascarado de Nero, até a Partia esteve na beira de declarar guerra" (Histórias, i. 2; Edição Penguin, brochura, pág. 21 e seguintes).
Por este tempo a Acaia e a Ásia estavam abaladas por um alarme falso. Circulou o boato que Nero estava a caminho para lá. Tinha havido histórias conflitantes sobre sua morte, e numerosas pessoas imaginavam -- e acreditavam -- que ele estivesse vivo... Nesta ocasião o homem envolvido era um escravo do Ponto, ou, de acordo com outros relatos, um liberto da Itália. A circunstância de ser ele era um harpista e cantor por profissão, quando somada com uma semelhança facial, a impostura muito plausível (Tácito, Histórias, ii. 8f., Penguin, brochura, pág. 85 e seguintes).
Depois da morte de Nero, escreveu Suetônio sobre seus amigos: "...até continuaram a circular seus éditos, fingindo que ele ainda estava vivo e logo voltaria para confundir seus inimigos... Vinte anos mais tarde, quando eu era um jovem, um indivíduo misterioso apareceu declarando ser Nero; e tão mágico foi o som de seu nome aos ouvidos dos partas que eles o apoiaram com o melhor de 61sua capacidade, e estiveram muito relutantes em aceder às exigências de Roma de sua extradição (Nero, 57, em Os Doze Césares; Penguin, pág. 240 e seguintes).
João, naturalmente, não creu numa tal fábula. Mas parece que ele fez uso dela, pois continha um elemento de verdade. Um monstro perseguidor como Nero estava no horizonte. Não o próprio Nero, mas um segundo Nero apareceria, outro rei em quem o espírito e o caráter de Nero seria revivido. Ele seria um oitavo rei, mas "dos sete", um segundo Nero, possivelmente Domiciano.
Número da besta
"Apocalipse 13:17 e seguintes e 15:2, se referem a numerologia, que era muito familiar às pessoas dos tempos antigos. De acordo com ela, desde que cada letra grega tenha um valor numérico, um nome poderia ser substituído por um número representando o total dos valores numéricos das letras formando o nome" (Arndt & Gingrich, Lexicon, 106). Um sujeito apaixonado rabiscou numa parede da antiga Pompéia uma sentença grega que se traduz, "Eu amo aquela cujo número é 545" (Adolf Deissman, Luz do Oriente Antigo, 277).
À luz da alusão evidente a Nero discutida acima, talvez possamos considerar a solução para este enigma dado no Lexicon, 669, Grimm-Thayer. O número 666 é chamado "um número místico cujo significado é claro quando está escrito em letras hebraicas ... 'Nero César'".
Data do Apocalipse
O debate sobre a data do Apocalipse continuará. Mas o próprio livro não exige uma data entre os perseguidores, um passado e um futuro, ao invés de uma data durante o reinado de qualquer deles? E não deveria esta evidência interna ter precedência sobre qualquer testemunho externo?
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Césares Romanos
do Primeiro Século
Augusto 27 a.C. - 14 d.C.
Tibério 14-37 d.C.
Calígula 37-41 d.C.
Cláudio 41-54 d.C.
Nero 54-68 d.C.
Galba 68-69 d.C.
Oto 69 d.C.
Vitélio 69 d.C.
Vespasiano 69-79 d.C.
Tito 79-81 d.C.
Domiciano 81-96. d.C.