Interpretando o livro do Apocalipse
Três discernimentos têm parecido soprar para longe a maioria da minha confusão de um quarto de século de duração sobre o livro do Apocalipse. A primeira envolve uma abordagem básica -- como ler o livro -- e, em particular, a relação do Apocalipse com a História.
A maioria das pessoas começam pela História. Isto ou aquilo, dizem eles, não se cumpriu. Precisamos procurar no futuro. Outros apanham retalhos da História que parecem se ajustar ao Apocalipse e voltam ao livro para relê-lo, interpretando o Apocalipse pela História. Às vezes a Escritura é torcida para se ajustar à História.
A abordagem é, por princípio, infundada. A Escritura não deve ser interpretada à luz da História ou dos jornais. Antes, a História tem que ser entendida à luz das Escrituras. Precisamos aprender a ver a História como Deus a vê. Eu, portanto, sugiro que, em vez de ficarmos como pessoas do século vinte olhando para trás para o Apocalipse através de dois mil anos de História, antes esqueçamos tudo o que sabemos da História e tomemos posição com João no primeiro século, antes dos eventos previstos, lendo o Apocalipse como se isso fosse tudo o que tínhamos e nenhum dos eventos desde então tivesse ocorrido. Precisamos ver o futuro através dos olhos de João. Precisamos entender o que ele esperava acontecer. Precisamos, então ver a História à luz das Escrituras.
Nossa primeira responsabilidade como estudantes da Bíblia e professores da Palavra é entender e então repetir o que as Escrituras dizem. O que está nas Escrituras foi dito, independente da História. Só depois que tivermos entendido o que as Escrituras dizem devemos voltar-nos para a História que, então, pode ser vista à luz das Escrituras.A maioria das pessoas começam pela História. Isto ou aquilo, dizem eles, não se cumpriu. Precisamos procurar no futuro. Outros apanham retalhos da História que parecem se ajustar ao Apocalipse e voltam ao livro para relê-lo, interpretando o Apocalipse pela História. Às vezes a Escritura é torcida para se ajustar à História.
A abordagem é, por princípio, infundada. A Escritura não deve ser interpretada à luz da História ou dos jornais. Antes, a História tem que ser entendida à luz das Escrituras. Precisamos aprender a ver a História como Deus a vê. Eu, portanto, sugiro que, em vez de ficarmos como pessoas do século vinte olhando para trás para o Apocalipse através de dois mil anos de História, antes esqueçamos tudo o que sabemos da História e tomemos posição com João no primeiro século, antes dos eventos previstos, lendo o Apocalipse como se isso fosse tudo o que tínhamos e nenhum dos eventos desde então tivesse ocorrido. Precisamos ver o futuro através dos olhos de João. Precisamos entender o que ele esperava acontecer. Precisamos, então ver a História à luz das Escrituras.
Não creio que as Escrituras sejam inconsistentes com a História. Mas nossa primeira e principal tarefa como estudantes das Escrituras é entender o que Deus nelas disse; como crentes, aceitar tudo o que Deus disse sem reservas e sem importarmo-nos com a História; e, como mestres, repetir no século atual o que Deus disse no primeiro século. Não é da nossa conta fazer as Escrituras encaixar-se na História.
Mateus 24 é uma excelente ilustração deste ponto. Jesus predisse a destruição de Jerusalém e disse, "... não passará esta geração sem que tudo isto aconteça" (v. 34). Quando começamos pela História e discutimos que algumas "dessas coisas" permanecem sem cumprimento, o efeito é fazer de Jesus um falso profeta que disse que todas elas seriam cumpridas antes que aquela geração tivesse passado. Esta é a abordagem de um descrente. Como alguém que pôs sua confiança em Jesus, eu parto pelas Escrituras e concluo que, quer eu compreenda a aplicação de toda a linguagem de Jesus à História, quer não, eu sei que ela já foi cumprida, pois Jesus disse que aconteceria naquela geração, e eu creio em Jesus. Nossa primeira responsabilidade é entender, para crer e repetir o que as Escrituras dizem, e somente então fazer tudo o que pudermos com respeito à História. Um crente não pode ter um outro ponto de vista.
O livro do Apocalipse tem que ser abordado do mesmo modo. Precisamos primeiro esquecer tudo o que sabemos da História e ler o Apocalipse para ver o que João disse. Então poderemos voltar à História se pensarmos que isto tem alguma importância. Mas quero mostrar em outro artigo que o Apocalipse contém diversas referências ao tempo que definem especificamente o lugar na História onde se precisa buscar os eventos profetizados. A época e a abrangência do tempo ao qual as profecias do Apocalipse se aplicam são tão definitiva e conclusivamente fixadas pelo próprio livro como Mateus 24:34 fixa a abrangência de tempo daquela profecia.
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