sábado, 18 de junho de 2011

UM VÍNCULO QUE NÃO TERMINA


“E o rei perguntou à mulher, e ela lho contou; então, o rei lhe deu um eunuco, dizendo: Faze-lhe restituir tudo quanto era seu e todas as rendas das terras, desde o dia em que deixou a terra até agora.”
2 Reis 8.6

    Nunca creia que aquilo que um homem de Deus fez por você é tudo o que poderia ter-lhe acontecido, pois sua unção permanece sobre a sua vida e, até de modo estranho, ela poderá ajudá-lo em outras situações. Os dons de Deus são irrevogáveis e suficientes para toda obra.
    Após o Senhor ter livrado Samaria de uma grande fome – por causa da opressão do exército da Síria, que havia fechado um cerco à cidade, não deixando ninguém entrar ou sair –, Eliseu deu uma profecia a uma mulher sunamita, dizendo que saísse da cidade e fosse para longe, pois Deus chamaria uma fome que duraria sete anos. Até onde sabemos ninguém mais ouviu dessa palavra e não escapou.
    Ao voltar das terras dos filisteus, para onde se refugiara em obediência à palavra do profeta, a sunamita encontrou sua terra invadida. Por causa disso, ela foi falar com o rei. Quando lá chegou, Geazi, o discípulo de Eliseu, por ter sido chamado pelo rei, falava das obras operadas pelo profeta. Ao contar de um garoto que fora ressuscitado, Geazi viu a mulher e disse ao rei que ela era a mãe do menino ressuscitado por Eliseu.
    O rei, então, pediu a ela que contasse o que sucedera. A mulher relatou tudo, e o monarca mandou um eunuco com ela, dizendo: “Faze-lhe restituir tudo quanto era seu e todas as rendas das terras, desde o dia em que deixou a terra até agora”. Por essa notícia ela não esperava: até a renda lhe seria restituída. A unção do profeta estava sobre ela para atuar até na consequência do seu ato de crer na Palavra dada pelo homem de Deus.
    Ora, ela era aquela senhora que observava o profeta quando este passava em frente à sua residência. Ela vivia em Espírito e, por isso, sentiu que Eliseu era um verdadeiro homem de Deus. Então, sugeriu ao esposo que fizessem um quarto para que aquele servo do Senhor descansasse ali. Em retribuição, o profeta a abençoou para que tivesse um filho, apesar de o marido ser velho. Ela creu, e Deus honrou a oração do profeta (2 Rs 4.8-17).
    Tempos depois, o menino morreu. Ela saiu de casa determinada a encontrar o homem de Deus e não falou com ninguém. Ao marido e a quem lhe perguntou como iam as coisas, ela disse: “Tudo vai bem”. Na verdade, o seu caso era com Deus por intermédio do Seu servo. Eliseu, então, acompanhou-a até sua casa e, para que o menino ressuscitasse, ele se estendeu duas vezes sobre o garoto, o qual deu sete espirros, abriu os olhos e foi restituído à mãe (2 Rs 4.18-36).
    A lição que fica desse relato é a seguinte: o servo de Deus que foi usado para abençoar você deixou sobre a sua vida a unção dele. Portanto, não a despreze nem sinta outra coisa por ele, a não ser que continua sendo um santo homem de Deus, o qual será usado para outras obras, algumas até maiores. Se precisar, a unção que o Senhor deu a ele completará a sua bênção.

Nenhum comentário:

Postar um comentário