domingo, 29 de maio de 2011

O Cordeiro e os cento e quarenta e quatro mil no Monte Sião

O Cordeiro e os cento e quarenta e quatro mil no Monte Sião
"Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, tendo na fronte escrito o seu nome e o nome de seu Pai. Ouvi uma voz do céu como voz de muitas águas, como voz de grande trovão; também a voz que ouvi era como de harpistas quando tangem a sua harpa. Entoavam novo cântico diante do trono, diante dos quatro seres viventes e dos anciãos. E ninguém pôde aprender o cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra. São estes os que não se macularam com mulheres, porque são castos. São eles os seguidores do Cordeiro por onde quer que vá. São os que foram redimidos dentre os homens, primícias para Deus e para o Cordeiro; e não se achou mentira na sua boca; não têm mácula."
(Apocalipse 14.1-5)
Este capítulo foi escrito especificamente para estabelecer o contraste entre os verdadeiros adoradores do Senhor Jesus Cristo e os adoradores do anticristo.
O Monte Sião, onde o Cordeiro está em pé, e com Ele os cento e quarenta e quatro mil, certamente é o Monte Sião celestial, conforme escreveu o autor da carta aos judeus cristãos: "Mas tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial, e a incontáveis hostes de anjos, e à universal assembléia." (Hebreus 12.22)
Além do mais, não podemos esquecer de que este é o período da segunda metade da Grande Tribulação, quando o mundo está sendo assolado com a presença do anticristo. Ele também está assentado no santuário em Jerusalém, ostentando-se como se fosse o próprio Deus.
A descrição do Cordeiro e dos cento e quarenta e quatro mil selados de Israel nada mais é que o inverso celestial daquilo que vimos no capítulo 13. O comportamento das duas bestas é terreno, enquanto o do Cordeiro e o dos selados de Israel são celestiais.
Apresenta-se o contraste entre o cruel e grosseiro monstro, que é o anticristo, e o Cordeiro de Deus imaculado sobre o Monte Sião. Os seguidores da besta, com a sua marca, são confrontados com a assembléia dos discípulos do Cordeiro, que têm escrito na fronte o Seu nome e o nome do Seu Pai.
Os cento e quarenta e quatro mil selados de Israel, que viveram aqui na Terra durante o período da Grande Tribulação, não puderam ser tocados pela besta. Mesmo com o domínio de todas as nações e povos, obrigando-os a adorá-la, por intermédio do falso profeta – caso contrário, sendo imediatamente executados –, ainda assim a primeira besta não conseguiu o seu intento com os selados pelo Espírito Santo: a marca de Deus!
Estes "...foram redimidos dentre os homens, primícias para Deus e para o Cordeiro..." (Apocalipse 14.4), razão pela qual puderam resistir vitoriosamente à fúria do anticristo. Eles se encontram agora diante do trono. Significa, portanto, que foram arrebatados para o Cordeiro, pois o Seu trono está no Céu.
É importante entendermos os dois tipos de arrebatamento, tanto o que ocorrerá com a Igreja do Senhor Jesus, quanto o que acontecerá durante o período da Grande Tribulação.
Os que morreram crendo exclusivamente no Senhor Jesus Cristo como Único Senhor e Salvador serão ressuscitados, e, em seguida, unidos aos demais cristãos vivos. Então, todos serão arrebatados juntos. O Espírito Santo ensina isto, através do apóstolo Paulo, dizendo:
"Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: Nós, os que ficarmos vivos até a vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que ja dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor." (1 Tessalonicenses 4.15-17)
No próprio Apocalipse, verificamos o arrebatamento dos convertidos durante a Grande Tribulação: A besta que surge do abismo pelejará contra as duas testemunhas e as vencerá, matando-as. Mas, depois de três dias e meio, elas ressuscitarão e subirão ao Céu sob as vistas dos seus inimigos.
Os que se converteram durante a Grande Tribulação e tiveram que pagar com a própria vida, como as almas debaixo do altar (Apocalipse 11.7), estes também ressuscitarão e, em seguida, serão arrebatados.

Os cento e quarenta e quatro mil selados de Israel que foram arrebatados para o monte Sião celestial

Os cento e quarenta e quatro mil selados de Israel que foram arrebatados para o monte Sião celestial
"Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o Monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, tendo na fronte escrito o seu nome e o nome de seu Pai. Ouvi uma voz do céu como voz de muitas águas, como voz de grande trovão; também a voz que ouvi era como de harpistas quando tangem a sua harpa. Entoavam novo cântico diante do trono, diante dos quatro seres viventes e dos anciãos. E ninguém pôde aprender o cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra.
São estes os que não se macularam com mulheres, porque são castos. São eles os seguidores do Cordeiro por onde quer que vá. São os que foram redimidos dentre os homens, primícias para Deus e para o Cordeiro; e não se achou mentira na sua boca; não têm mácula." (Apocalipse 14.1-5).
O selo, com o nome sagrado sobre a fronte dos cento e quarenta e quatro mil revela que, mesmo em meio ao furor do anticristo, eles foram perseverantes na fé e na fidelidade ao Senhor Jesus Cristo.
Mesmo vivendo num período de devassidão moral anticristã, conservaram a pureza da fé cristã. Quanto ao fato de que "...não se macularam com mulheres, porque são castos", essa referência celibatária simboliza a qualidade moral e espiritual dos cento e quarenta e quatro mil, pois em nenhuma parte a Bíblia considera o casamento pecaminoso. Porém, a decadência dos costumes, hoje em dia, é tão grave que quando chegar a época da Grande Tribulação será quase impossível manter a santidade e os valores morais.
Entretanto, o selo de Deus os fará permanecer imaculados. Eles são absolutamente verdadeiros, porque foram redimidos: "e não se achou mentira na sua boca; não têm mácula". Eles pareceram com o Cordeiro sobre o Monte Sião celestial porque em suas testas estava escrito o nome dEle e do Seu Pai.
A mentira tem sido a mãe de todos os demais pecados, pois quem mente é capaz de cometer qualquer outro pecado, como roubar, adulterar, prostituir-se; enfim, tudo o mais que o diabo, pai da mentira, gosta.
O Senhor Jesus disse: "e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (João 8.32). Isso mostra que a verdade interior nos atrai para o campo de ação do poder do Senhor Jesus, que é a Verdade, conforme João 14.6. Mas a pessoa que se vale da mentira procura se esconder nas trevas do seu pai, o diabo.
Durante o período em que os cento e quarenta e quatro mil selados de Israel viveram sob o governo do anticristo, eles experimentaram a verdadeira crença no Senhor Jesus, foram selados com o Espírito Santo e se tornaram semelhantes ao Cordeiro de Deus.
Estas puras e verdadeiras primícias de Israel, apesar de terem a mentalidade da noiva, não farão parte da Igreja-noiva, pois esta já estará ataviada e preparada para as bodas do Cordeiro.
Também não se encontram sobre tronos, mas diante do trono, do mesmo modo que a multidão inumerável dentre todos os povos e línguas (Apocalipse 7.9). Lá, os selados de Israel entoam um "novo cântico", que é o seu próprio, pois está dito: "Entoavam novo cântico diante do trono, diante dos quatro seres viventes e dos anciãos. E ninguém pôde aprender o cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra" (Apocalipse 14.3).
Apesar de não serem ligados ao trono, como os quatro seres viventes, nem estarem sentados sobre tronos, como os vinte e quatro anciãos, que são a Igreja, eles têm um motivo extraordinário para esse cântico singular.
Em virtude de estarem selados, eles venceram, na provação extrema da sua fé cristã, a besta, o anticristo! Não é de admirar que esse maravilhoso cântico seja precedido por um indescritível prelúdio: "Ouvi uma voz do céu como voz de muitas águas, como voz de grande trovão; também a voz que ouvi era como de harpistas quando tangem a sua harpa" (Apocalipse 14.2).
A PRIMEIRA VOZ
"Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas" (Apocalipse 14.6,7).
A partir da primeira voz, o apóstolo João volta os seus olhos para os acontecimentos na Terra. E, então, vê o primeiro dos seis anjos voando pelo meio do céu. Pela continuação, podemos verificar seis anjos, que agora têm a proclamar uma mensagem desde o céu.
Trata-se de um grupo de anjos que se poderia chamar de grupo de juízo, em cujo meio se manifesta a santa e julgadora majestade de Deus. Eles anunciam e executam os Seus juízos durante a Grande Tribulação, porque falam da maldição eterna.
Mas isso acontece sob outra perspectiva, a da pregação do Evangelho. Significa dizer que quando não houver mais ninguém na Terra para pregar o Evangelho, pois todos os convertidos, incluindo os selados de Israel, a essa altura já terão sido arrebatados, os anjos, que não podem ser tocados pelo anticristo, pregarão o Evangelho.
Figuradamente, eles terão seu púlpito em meio ao céu, e todas as nações, tribos e línguas serão obrigadas a ouvir a sua mensagem! O inferno, certamente, ficará enfurecido como nunca, pois a Palavra de Deus não pode jamais ser algemada.
E a mensagem deste primeiro anjo é: "Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas" (Apocalipse 14.7).
A pregação desse primeiro anjo anunciando o juízo de Deus acontece no limite entre o tempo e o princípio da eternidade, pois, no versículo quatorze, vemos a volta do Senhor: "Olhei, e eis uma nuvem branca, e sentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, tendo na cabeça uma coroa de ouro e na mão uma foice afiada" (Apocalipse 14.14).
Quando o apóstolo menciona que o anjo prega "um evangelho eterno" (Apocalipse 14.6), devemos lembrar que a palavra "evangelho", no sentido do Novo Testamento, significa "boa-nova". Esta, por sua vez, tem diferentes aspectos divinos:
1) Em primeiro lugar, o Evangelho é a boa-nova de que o Senhor Jesus Cristo morreu no Calvário pelos pecados do mundo, e aquele que assume a sua fé neste sacrifício do Senhor, em seu lugar, é justificado perante Deus-Pai, pela ressurreição do Senhor Jesus. Este é o chamado "Evangelho de Deus" (Romanos 1.1) e "Evangelho de Cristo" (2 Coríntios 10.14). É também chamado de "Evangelho da graça de Deus" (Atos 20.24), porque salva os que são malditos pela Lei. Além disso, é chamado de "Evangelho da glória" (1 Timóteo 1.11) e de "Evangelho da vossa salvação" (Efésios 1.1-13).
2) Mas a boa-nova é também chamada de "Evangelho do Reino". O Senhor Jesus pregou-o durante o Seu ministério terreno: "Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo" (Mateus 4.23).
O Evangelho do Reino é a mensagem de que Deus vai estabelecer nesta Terra o Reino de Cristo, do Filho de Davi, como cumprimento da aliança com Davi. Por isso, João Batista anunciava: "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus" (Mateus 3.2).

A Primeira e a Segunda Vozes


“Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.”
(Apocalipse 14.6,7)
Conforme falamos na edição passada, o Evangelho do Reino é a mensagem de que Deus vai estabelecer nesta Terra o Reino de Cristo, do Filho de Davi, como cumprimento da aliança com Davi. Por isso João Batista anunciava: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mateus 3.2).
Também, no Antigo Testamento, essa mensagem foi anunciada pelo profeta Isaías, e, mais tarde, especialmente pelo próprio Senhor Jesus:
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.”
(Isaías 9.6,7)
“E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades.”
(Mateus 9.35)
Se naquele tempo todo o Israel tivesse se convertido, o Reino dos Céus teria sido estabelecido na Terra, e o Messias teria iniciado o Seu reinado.
Cremos que este Evangelho do Reino será anunciado pelos cento e quarenta e quatro mil selados em todo o mundo, durante a Grande Tribulação, após o encerramento da pregação do Evangelho da graça.

Mas aqueles que se converterem nesse período serão exterminados quase que imediatamente. É através desse contexto que devemos entender as palavras do Senhor: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim” (Mateus 24.14).
Quando João viu o outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um Evangelho Eterno para pregar, significa o anúncio do juízo divino sobre todo o mal realizado durante a Grande Tribulação.
A palavra “evangelho” engloba, portanto, diferentes resultados da boa-nova. Mas o fato de que Deus fez anunciar tanto a boa-nova do Evangelho da graça, quanto a do Evangelho do Reino futuro, e do juízo divino, não significa que exista mais que um Evangelho da salvação, pois a graça é o fundamento de todas as dispensações, e, em todas as circunstâncias, é o único caminho para a salvação do pecador.
Conta a história que Martinho Lutero não apreciava muito o Apocalipse, pois tinha a impressão de que o espírito desse livro não combinava com o Evangelho. De fato, o Apocalipse focaliza o Evangelho do juízo divino, porém, objetivando o Evangelho da graça.
É importante sabermos que o Evangelho do Reino, em contraste com o Evangelho Eterno, será pregado a todos os povos durante a Grande Tribulação. E através de quem isso poderia acontecer, a não ser em primeiro lugar pelos cento e quarenta e quatro mil selados, antes que sejam arrebatados, e pela grande multidão inumerável de cristãos, antes que sejam executados?
O resultado da pregação será, então, o juízo sobre as nações, por ocasião da volta do Senhor Jesus Cristo. A respeito disso, o próprio Senhor fala sobre os tempos finais:
“Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas.”
(Mateus 25.31,32)
Nesse julgamento do Reino, os povos serão julgados de acordo com o que fizeram com o Evangelho do Reino, o que fizeram ou não a Israel, pois “…sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mateus 25.40).
O Evangelho Eterno é assim chamado porque procede do Deus Eterno, e o seu julgamento produz fatos eternos que jamais serão mudados. É o que está escrito:
“A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite, os adoradores da besta e da sua imagem e quem quer que receba a marca do seu nome.”
(Apocalipse 14.11)
A SEGUNDA VOZ
“Seguiu-se outro anjo, o segundo, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia que tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição.”
(Apocalipse 14.8)
Nessa segunda voz é destacado um “outro anjo”, o qual prossegue com a mensagem do primeiro anjo. Ele anuncia o resultado da vitória alcançada pelo Cordeiro de Deus na cruz, que se encontra justamente diante da revelação visível: “Caiu, caiu a grande Babilônia que tem dado a beber a todas as nações ...” .
Mas esta é uma revelação antecipada daquilo que começa a se cumprir com a Babilônia, sendo que a execução do juízo sobre ela é mostrada nos capítulos 17 e 18.
Podemos, entretanto, adiantar que o objetivo do anúncio antecipado, nessa segunda voz, é uma advertência para os crentes incrédulos: “Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos” (Apocalipse 18.4).
Isso torna mais uma vez patente o esforço da graça de Deus, em meio aos terríveis juízos, tendo em vista que o primeiro anjo acrescenta: “… é chegada a hora do seu juízo” (Apocalipse 14.7).
A advertência é tão mais insistente porque Deus mesmo anuncia, por intermédio dos Seus anjos, que toda a Babilônia caiu. A besta, sobre a qual está assentada uma mulher, o poder político mundial anticristão ligado à religião unificada, isto é, ao ecumenismo, caiu.
A dupla afirmação: “Caiu, caiu…” (Apocalipse 14.8; 18.2) mostra quão abrangente e completa é a sua queda. A Babilônia tem o seu começo na construção da Torre de Babel, conforme o capítulo 11 do livro de Gênesis.
E foi a partir de lá que satanás projetou um sistema religioso pelo qual as pessoas matariam ou morreriam por ele. Esse sistema espiritual levaria as pessoas a uma religiosidade aparentemente correta, porém interiormente contrária à fé no Deus vivo.
Esse sistema se desenvolveu tanto que se transformou em um verdadeiro império político, econômico e religioso mundial. Com a constante evasão dos seus fiéis, entretanto, um dos líderes supremos da Babilônia, já falecido, determinou para o próximo milênio que os seus comandados trabalhassem no sentido de unificar todas as religiões sob a direção de um sucessor seu, nascendo daí o ecumenismo.
Babilônia significa o cristianismo social, aparente e exteriorizado, comprometido com o poder político deste mundo e a unificação de todas as religiões. Para ela, a Bíblia não é a regra de fé e prática.
A doutrina da Babilônia é diabolicamente inspirada dentro dos princípios e regras que interessam aos seus objetivos, e está em pleno funcionamento. Quando, porém, quando ocorrer o arrebatamento da Igreja do Senhor Jesus, aqueles cristãos enganados por ela cairão em si. Mas será tarde demais.
Os que foram iludidos pela “grande prostituta”, se quiserem mesmo a salvação eterna, serão executados pelo anticristo. E aqueles que quiserem se manter vivos por mais algum tempo sofrerão os juízos de Deus.

Revolta consciente


A fé emotiva não deixa a pessoa ter coragem para tomar atitudes claras e objetivas




A força de Gideão estava na sua revolta. Contudo, esta revolta não estava em seu coração, mas na sua mente. Gideão tinha a consciência do Deus de seus antepassados e de Suas maravilhas; que Ele era – e sempre será – Deus Onisciente, Onipresente e Todo-Poderoso. Isto é, um Deus que agia de fato!

Por meio de Seus servos fiéis e dedicados, Deus libertou três milhões de escravos do Egito, e de seus filhos constituiu a nação de Israel. Isso suscitou a inveja e, consequentemente, a ira dos povos do Oriente. Como um bando de escravos poderia se tornar uma nação? Todos foram contra e não aceitaram ter Israel como pátria. Caso semelhante acontece com a Igreja Universal do Reino de Deus  diante das demais igrejas e religiões do mundo. 

Por causa da fé racional, Gideão era revoltado contra a situação vigente em seu país; ele não aceitava crer em um Deus tão grande e se sujeitar à escravidão imposta pelos inimigos. A revolta dele não era um mero sentimento vindo do coração, mas que transbordava de seu intelecto. Como aceitar a escravidão, se dela Deus os havia libertado um dia? Isto é fé inteligente. 

A fé emotiva não deixa que a pessoa tenha coragem para tomar atitudes concretas. Este tipo de pessoa é a que não tem nem coragem de sacrificar a vida pela salvação, quanto mais para conquistar benefícios.  Antes, são indivíduos covardes e sujeitos às circunstâncias adversas. Porém, o mesmo não acontece quando a fé é separada da emoção. Este tipo de fé recusa vida mesquinha, miserável e indigna. 

Se Deus é Pai e dono de tudo no universo, pode Seu filho viver uma vida sem qualidade? 

Você acha que a fé racional, sobrenatural e inteligente aceita isso? Só os filhos das trevas aceitam uma coisa dessas!

Usada pelo diabo


‘Eu acho que você não me ama mais,’ disse ao meu marido. Ele já estava chateado com a minha constante importunação e agora, após essa última afirmação, você pode imaginar como ele ficou irritado.

Aquela era a semana que, de costume, meu marido separava especialmente para trabalhar no jornal mensal da Igreja. Nesse período ele não ficava comigo e chegava até mesmo a não me dirigir a palavra, tudo para estar concentrado totalmente nesse trabalho. Porém, quando não era o jornal, eram outros serviços diários da igreja que ficavam a atenção dele. E isso me incomodava extremamente, creio que você, como mulher, pode imaginar... Eu me sentia como se fosse um acessório usado por três semanas durante um mês. "Não sou importante o suficiente", pensava eu. Mas na verdade eu era, só que eu não era capaz de perceber isso e acabava me tornando insuportável.

Quantas vezes deixamos que os erros dos outros aflorem o pior que temos em nós mesmas… Em vez de ajudá-los a ver as coisas sob um outro prisma, vamos para onde eles estão, onde é escuro e úmido, e assim tentamos fazê-los ver as coisas da forma correta. Que ridículo!

E tudo por causa das nossas emoções. Elas nos tornam uma presa fácil para o diabo. Somos facilmente usadas por ele com as coisas que dizemos, fazemos e até mesmo com as decisões que tomamos quando as emoções são tudo o que conseguimos ouvir.

Sim, no caso acima, fui muito usada pelo diabo. Meu casamento estava sofrendo por causa disso sem que eu me desse conta. Tudo o que eu conseguia ver eram as falhas do meu marido, mas não via nenhuma das minhas.

Hoje, quando falamos sobre isso, ele admite que também estava errado, mas eu também poderia ter feito as coisas de outra forma, usando minha fé em vez das emoções do momento. Eu poderia simplesmente ter me juntado a ele com o projeto do jornal e, uma vez juntos, faríamos tudo em três dias ao invés de sete! Poderíamos ter passado mais tempo juntos, faríamos algo grande juntos e eu teria apreciado estar em sua companhia da mesma forma que aprecio hoje.

Aqui está um fato que só percebi recentemente: nós podemos ser usadas tanto pelo diabo quanto por Deus. Nunca há um momento em que estamos neutros ... Pense no quanto isso é assustador!

Não importa quem somos, mesmo aqueles que são nascidos de Deus, cheios do Espírito Santo, podem ser usados pelo diabo. Se você não está sendo usada por Deus, lembre-se: você está sendo usada por seu rival.

Achei que você gostaria de saber...

Ídolos no coração

Outro motivo que dificulta a resposta às nossas orações:

Filho do homem, estes homens levantaram os seus ídolos dentro do seu coração, tropeço para a iniqüidade que sempre têm eles diante de si; acaso, permitirei que eles me interroguem? (Ezequiel 14:3)

ÍDOLOS NO CORAÇÃO FAZEM COM QUE DEUS SE RECUSE A OUVIR NOSSAS ORAÇÕES.

O que é um ídolo? Um ídolo é qualquer coisa que toma o lugar de Deus, tudo o que é o foco principal do nosso carinho, energia e atenção. Só Deus deveria ocupar esse lugar em nossos corações. Tudo e todos devem estar subordinados a Ele.

A esposa de um homem pode ser seu ídolo. Não que um homem não possa amar muito a sua esposa, mas ele pode colocá-la no lugar errado; ele pode colocá-la antes de Deus. Quando ele dá a ela o primeiro lugar e o segundo lugar a Deus, sua esposa é um ídolo, e Deus não pode ouvir as suas orações.

Os filhos de uma mulher podem ser seus ídolos. Não é que não podemos amar nossos filhos imensamente, quanto mais amamos a Deus, mais amamos os nossos filhos. Mas podemos colocar nossos filhos no lugar errado, podemos colocá-los antes de Deus, e os seus interesses à frente dos interesses de Deus. Quando fazemos isso nossos filhos são nossos ídolos.

A reputação de uma pessoa ou os negócios podem ser um de seus ídolos. Se a reputação ou os negócios são colocados antes de Deus, Ele não pode dar ouvidos as orações de tal pessoa.

Se queremos pedir e receber algo de Deus, devemos perguntar a nós mesmos: Deus está absolutamente em primeiro plano? Ele vem antes da esposa / marido, das crianças, da fama, do negócio, de nossas próprias vidas? Se não, Deus não se importará de responder nossos pedidos. Por que deveria? Deus deveria responder às nossas solicitações ainda que nós o empurramos para o lado e damos o melhor de nós mesmos para algo ou alguém? Se Ele o fizer, Ele não estará nos encorajando a continuar servindo os nossos ídolos?

"Eles abraçaram coisas que vão fazê-los cair em pecado."

Isso é o que os ídolos fazem com os seus adoradores – eles o fazem tropeçar e cair. Dinheiro é o seu ídolo? O dinheiro vai fazer você cair. Seu namorado é o seu ídolo? Ele vai acabar quebrando o seu coração. Seu estudo é o seu ídolo? Isso se tornará uma cilada para você.

O dinheiro, estudo, relacionamento, filhos e outros ídolos em potencial não são coisas más entre si. Mas algo bom se torna ruim quando é colocado no lugar errado.

Vamos dar a Deus o lugar que merece nos nossos corações e retirar de lá todos os nossos ídolos. Assim iremos conhecer o poder da oração respondida.


União Feliz

Neste sábado (18), bispo Edir Macedo e dona Ester completam 39 anos de casados, com um relacionamento repleto de amor e respeito

Por Mônica Soares / Fotos: José Célio e cedidas


Felizes por estarem completando suas bodas de mármore, o que corresponde a 39 anos de casados, o bispo Edir Macedo e a esposa Ester Bezerra falam em entrevista sobre os principais ingredientes para um relacionamento bem-sucedido.

São 39 anos de casados. Vocês chegaram às bodas de mármore.  O mármore é sólido e a relação de vocês também. Como foi a construção deste relacionamento através dos anos?
Quando a gente casa é uma maravilha. E nós nos casamos pela fé, pois namoramos, noivamos e casamos em oito meses. Não tínhamos muito conhecimento um do outro, nos casamos em condições desvantajosas devido à situação econômica, mas casamos e vivíamos muito bem, nosso relacionamento era maravilhoso. Combinávamos direitinho, não tínhamos problemas, mas quando nasceu a Cristiane, nossa primeira filha, que era muito linda, a Ester ficou dividida e aí começaram os problemas, pois fiquei em segundo plano e senti muito. Neste período começou a nossa fase de adaptação, porque até então tudo estava indo tudo bem. Considero este momento uma parte de nossa adaptação. A outra ocorreu quando a Viviane, nossa segunda filha, nasceu. Ela nasceu doente, com lábio leporino, foi uma etapa difícil. Mas a Viviane nos trouxe amadurecimento, foi um período em que nos unimos, juntamos nossas forças. Nosso relacionamento melhorou muito a partir dali e aquelas diferenças infantis por parte de ambos foram sanadas por conta daquele problema que estávamos enfrentando. A partir dali sempre tivemos bons momentos.

Não tiveram mais momentos ruins?

É claro que não posso afirmar que tudo foi 100%, pois nunca são 100%; são duas cabeças e duas cabeças são duas cabeças!  Mesmo que os dois tenham o Espírito Santo, são pessoas diferentes e para conciliar o gosto de ambos é difícil.

Vocês não têm gostos parecidos?
Nossos gostos são bem diferentes. Ela gosta de frio e eu gosto de calor. Ela gosta de ar-condicionado, eu odeio. Ela gosta de arroz soltinho e eu de arroz ‘papa’. São muitas bobagens, mas que nunca fizeram diferença, pois sempre nos demos muito bem.

O que foi mais difícil para vocês no início?
No nosso caso, o problema foi em relação à família. Quando estávamos sozinhos era uma maravilha, mas quando chegavam meus parentes...  Se alguém falasse algo que a Ester não gostava, aí começava o problema, as divergências de opinião, os atritos. Eu era muito ligado à minha mãe e se alguém falasse algo a respeito dela era briga comigo na certa! Quando casamos, a mulher torna-se a mãe e o marido o pai da mulher, mas até chegar a esse nível de consideração, como substitutos do pai e da mãe, pode se passar por esses percalços dos desentendimentos. Com o tempo isso foi superado, até pelo fato de estarmos na obra de Deus, distantes da família. Eu agi errado em relação à minha família, pois num relacionamento, quando entra alguém no meio, é complicado.  

Somente o amor sustentaria esse relacionamento?
Eu não tenho nenhum receio de falar o seguinte: eu amo a Ester, sempre amei, mas primeiro eu amo o meu Deus. Por esse temor a Ele, respeitamos o relacionamento, a outra pessoa com quem fizemos uma aliança. Se Deus não estivesse no nosso meio, o amor poderia ajudar muito, mas não seria suficiente. O nosso relacionamento seria bom, mas tenderia a se desgastar. Se não houver o Espírito Santo, que é a peça fundamental numa união, é impossível a relação dar certo. Casamento é algo difícil, até por conta das facilidades. Muitos, mesmo amando, não conseguem fazer sacrifícios. Se não houver Deus no meio, a cola entre os dois, haverá a terceira pessoa porque até o relacionamento deteriora. Eu a amo, mas se não fosse o Espírito Santo, o temor a Deus, a presença dEle, o casamento não teria estrutura para resistir às facilidades que o mundo oferece.

Na época em que o senhor decidiu que ela seria sua esposa, que fatores contaram mais?

O fato de ela ser temente a Deus, pois eu sabia que se ela não fosse temente, na hora das dificuldades e diferenças não iria suportar e eu não ficaria com ela. Veja como Deus é de suprema importância. Eu sabia que se cassasse e se a pessoa não mostrasse que era de Deus, eu não seria fiel. Se eu não me casasse com uma mulher de Deus, minha salvação, que é o mais importante, estaria em risco. Eu já tinha namorado muitas moças e não tinha encontrado nenhuma jovem que tivesse de acordo com a minha fé. Quando a conheci, eu já procurava há 7 anos uma pessoa para compor uma família.

As dificuldades financeiras nos primeiros anos de casamento afetaram o relacionamento de vocês?
Os problemas financeiros são cruciais e podem afetar o casamento. Quando conheci a Ester, ela vinha de uma frustração, de um problema grave. O pai dela, que era um homem rico, perdeu tudo da noite para o dia, isso chocou muito a ela e a família toda. Deixaram de morar numa mansão para morar numa casa simples. Eu nunca passei por isso, pois minha família nunca foi rica, mas nunca nos faltou nada. Esse tipo de problema não me atingia, mas entendia o lado da Ester. Quando nos casamos, vivíamos contando as moedinhas para comprar as coisas e muitas não podíamos comprar. Era uma vida muito limitada, mas isso não abalava em nada o nosso relacionamento; pelo contrário, ficávamos cada vez mais unidos. Ela não era exigente, sabia das minhas condições.

Dona Ester – Por causa das dificuldades, ficamos mais unidos. Muitas vezes, eu sentia vontade de comprar algo, comer algo, falava com ele e depois me arrependia, pois sabia que ele não tinha condições. Mas conversávamos muito, fazíamos conta do que tínhamos para pagar.

É verdade. Sentávamos um do lado do outro no banheiro e conversávamos sobre as finanças. Estas dificuldades eram vivenciadas por nós dois, ninguém sabia de nada. E isso aconteceu após o nascimento das nossas filhas, pois antes não tínhamos estes problemas. Vivíamos de forma regrada, mas não passávamos necessidades.

O nascimento de suas filhas foi motivo de alegria para vocês? Elas foram planejadas?

Quando Ester me disse que estava grávida da Cristiane, fiquei muito chateado e falei para ela! Não foi planejado. Eu fazia de tudo para evitarmos a gravidez. A Ester tomava anticoncepcionais e passava mal e eu fazia minha parte, usava camisinha. Depois veio a Viviane e aí eu tive que trabalhar mais. Saía de casa, ia trabalhar pela manhã no IBGE, depois numa outra empresa pública, depois ia dar aulas particulares de matemática e ainda ia para a faculdade. Chegava em casa 11 e meia da noite. 

Costuma-se falar nas chamadas crises conjugais: dos 7, 10, 20 anos... O senhor acredita nisso? Vocês passaram por algum momento desses?
Para quem é de Deus, não existe crise, mas isso é uma realidade. Os 7 anos realmente são muito difíceis.

O senhor falou da interferência de sua família no relacionamento de vocês. Pode falar um pouco mais sobre isso?
Quando casei, tinha 27 anos e a Ester, 22; era muito inexperiente. Não fui orientado pela minha família, nenhum pastor me orientou de que qualquer interferência familiar em nosso relacionamento deveria ser evitada. Se eu tivesse sido orientado, não teria vivido problemas com a Ester. Eu considerava muito minha família, especialmente a minha mãe, e aí vieram os problemas. Quando casamos, temos que sacrificar; se você não sacrifica, então não está se casando e, sim, se amigando. Esta é a nossa política: casou? Continue tendo respeito pelos seus pais, mas o primeiro em sua vida é seu(sua) esposo(a)!

Qual a importância do sexo num casamento?
Acho que a importância é 100% e deve ser considerado por todos os casais. No início de um casamento, o sexo é o fundamental, mas para o casal de meia idade, já não é a questão mais importante, pois existem outros valores. O sexo ainda é fundamental e sempre será, mas existem outros valores que foram cultivados com o tempo, como a consolidação do amor, o companheirismo, a intimidade, entre outras virtudes.

O senhor aconselha casamento entre pessoas muito jovens?
Aconselho, pois acho que quando o casal se une cedo tem a oportunidade de se conhecer mutuamente e isso é saudável. Eles terão experiências ricas que poderão dividir juntos.

Quem é mais romântico?
A Ester sabe o quanto a amo e demonstro isso em atitudes. Por exemplo, não gosto de ficar sem ela por perto. Realmente nos completamos, somos muito companheiros. Demonstro meus sentimentos com minhas atitudes de zelo e atenção para com ela.

Dona Ester – Eu sou muito romântica, carinhosa, gosto de demonstrar isso. Já mudei várias questões para agradá-lo. Ele prova o seu amor com atitudes, carinho.

E a questão da fidelidade no casamento de vocês?

Sempre disse a Ester que o que sustenta o nosso casamento é o temor a Deus, pois se eu não considero uma pessoa que vejo, como considerarei a que não vejo? Por isso a importância de escolher a pessoa certa. Nós comungamos a mesma fé. Nosso casamento foi dirigido pelo Espírito Santo, não pelos homens.

Vocês estão sempre rodeados de pessoas. O que gostam de fazer quando estão sozinhos? O que compartilham juntos?
Eu e Ester vivemos uma vida simples. O que mais gosto de fazer é ficar em casa com ela, os dois sozinhos. Minhas filhas casaram e hoje temos tempo para conversar, estar perto um do outro. Não gostamos de sair, jantar fora, nada disso.

Dona Ester – É verdade. Aliás, sempre que saímos, ele reclama, pois apesar de apreciar pratos simples, é exigente, gosta de comida bem feita. Sempre que saímos, ele reclama (risos)

O senhor tem duas filhas casadas que sempre comentam o exemplo dado por vocês.  Como foi a orientação sobre sexo e casamento para elas?
Sempre muito direta, sem rodeios. No dia do casamento delas, antes de eles colocarem as alianças, eu disse às duas:

“Ele agora é o seu marido, o primeiro, antes de mim ou de sua mãe. A partir deste momento, saímos da vida de vocês.”  Elas colocaram este ensinamento em prática, são caxias. Às vezes, até queremos ficar um pouco mais de tempo com elas, mas vão embora, pois sabem do papel delas. Este foi o grande ensinamento que passei para elas e que não tive. Tanto os meus genros como minhas filhas cuidam uns dos outros, por isso, vão criando laços, se solidificando cada vez mais.

Nestes 33 anos de Igreja Universal, o senhor foi “cupido direto” de muitos casais. O senhor lembra-se de alguma “indicação” sua que deu certo? 

É verdade e são vários casamentos. Lembro do bispo Marcus Vinicius e da Ângela. Ele era um rapaz forte, fazia fisioterapia, chamava atenção. Ela era uma jovem dedicada, sempre na igreja, não era um modelo de beleza, ao contrário dele. Lembro que conversei com ele sobre isso, destacando que ela era uma pessoa de Deus e que a beleza um dia se deteriora. Ele não aceitou inicialmente meu conselho, dizia que ela não era o tipo dele. Mas Deus os abençoou e eles acabaram se casando.

Mas a beleza não é importante?
É importante, sim, mas acaba. Muitas pessoas casam olhando o material, a beleza exterior, mas isso acaba. Para você ser feliz, tem que ter paz e para isso tem que estar casado com uma pessoa que compreenda você, seja sua companheira, cuide de você. Ele(a) tem que ser uma pessoa de Deus.

Qual a sensação de dar um empurrãozinho para fazer as pessoas felizes nesta área em que há tanto sofrimento e solidão?
Quero muito bem às pessoas que estão perto de mim. Desejo-lhes a felicidade que eu tenho. Quem é de Deus quer o bem do seu próximo.

O senhor comentou sobre as diferenças de gostos entre vocês e isso, para alguns casais, é algo extremamente conflitante. Como conseguiram administrar as diferenças?
Quando há a direção de Deus, é certa a felicidade mesmo com os problemas, as diferenças e os conflitos que possam existir. Aliás, é até bom que existam, pois é uma oportunidade para que se conheçam um ao outro. Os atritos são oportunidades para você conhecer os limites do outro.

É verdade que o senhor desistiu de casar com uma jovem faltando pouco tempo para o casamento?

Sim. Era uma jovem muito bonita da igreja que eu frequentava. Orei, teimei com Deus, até que consegui namorá-la. Fiquei todo feliz, mas faltando dois meses para casarmos, surgiram as dúvidas e o medo. Aí eu orei para que o Senhor a tirasse da minha vida! Falei com Deus para me ajudar, pois estava comprometido, numa “sinuca de bico”. Mas usei a fé inteligente e não me casei com ela! Graças a Deus, pois depois conheci a pessoa certa.

A sua posição em relação ao casamento não pode ser considerada machista?
Não e sei que Ester não acha isso. Temos a consciência dos nossos papéis e lugares. A Ester não é o cabeça, o cabeça sou eu. Ela é o corpo até o pescoço. É ela quem move a cabeça, somos um corpo, mas o Senhor Jesus é o cabeça.  Ela precisa respeitar a minha posição e eu a posição dela. A responsabilidade é mútua, uma aliança. Eu não tomo nenhuma decisão sem falar com ela, porque quero que ela concorde e ela idem. Agimos desta forma: se não concordamos em algo, procuramos rever nossos conceitos e muitas vezes ceder em favor do outro.

Na parte espiritual, no comando da Igreja, também entram em concordância?
No que diz respeito à parte espiritual, sou incisivo, pois sou o cabeça e pronto! Será o que eu determinar, pois há uma liderança espiritual. Agora, para os outros aspectos somos mais maleáveis.

Em que outra questão ela não consegue convencê-lo?
Se a Ester quiser me convencer a comer algo que eu não queira, não conseguirá, não dá, não farei sacrifício nenhum, pois nossos gostos são muito diferentes (risos).

 Um conselho para quem, mesmo diante das estatísticas de divórcio e separações, quer manter o casamento feliz.

Aconselho o que nós praticamos. Se a pessoa não tiver o Espírito de Deus, vai dar com os burros n’água, pois é Ele quem nos guia. Eu me converti aos 18 anos, namorei muitas garotas, tive muitas decepções, mesmo dentro da igreja. Namorei muitas garotas fisicamente maravilhosas, mas sabia que não daria certo. A vida de um homem depende de uma mulher, ele não pode viver sozinho, pode ter dinheiro, mas sem uma companheira será infeliz e miserável. Dinheiro, sucesso e beleza não vão resolver o problema, nada sustenta um casamento se não houver primeiro o temor a Deus acima de todas as coisas. O casamento é como duas batatas separadas. Você cozinha e no dia do casamento vem se juntar. Se não houver o leite do Espírito Santo, o purê não dá certo. O leite do Espírito Santo é que dá a liga, aí não há separação.

O seu casamento pode ser considerado um referencial?
Se o considerarmos uma verdadeira aliança, do tipo com a Divina, creio que sim.

O que mais admira em sua(seu) esposa(o)?
Ela fala pouco. Para mim, isso é uma virtude indispensável no casamento.

Dona Ester – A sinceridade. O valor que ele dá à minha presença ao seu lado em todo os momentos.

Em que momento sente ou sentiu mais a falta dela(e)?
Sinto falta dela sempre que não está perto de mim.

Dona Ester – Quando fui para o hospital ter as meninas.

O que mais o(a) incomoda nela(e)?
Nada, em especial. Não significa que ela seja perfeita. Às vezes, por conta de gostos distintos, somos teimosos.

Dona Ester – Nada, o aprecio em tudo. A minha fé é contagiada todos os dias por ele.

Quem é mais ciumento na relação?

Dona Ester – Quando éramos mais novos, era ele o ciumento.

Depois destes 39 anos, o que tem a dizer a ela(e)
Não sei viver sem você.

Dona Ester – Te amo verdadeiramente e a cada dia mais.
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