domingo, 29 de maio de 2011

Os cento e quarenta e quatro mil selados de Israel que foram arrebatados para o monte Sião celestial

Os cento e quarenta e quatro mil selados de Israel que foram arrebatados para o monte Sião celestial
"Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o Monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, tendo na fronte escrito o seu nome e o nome de seu Pai. Ouvi uma voz do céu como voz de muitas águas, como voz de grande trovão; também a voz que ouvi era como de harpistas quando tangem a sua harpa. Entoavam novo cântico diante do trono, diante dos quatro seres viventes e dos anciãos. E ninguém pôde aprender o cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra.
São estes os que não se macularam com mulheres, porque são castos. São eles os seguidores do Cordeiro por onde quer que vá. São os que foram redimidos dentre os homens, primícias para Deus e para o Cordeiro; e não se achou mentira na sua boca; não têm mácula." (Apocalipse 14.1-5).
O selo, com o nome sagrado sobre a fronte dos cento e quarenta e quatro mil revela que, mesmo em meio ao furor do anticristo, eles foram perseverantes na fé e na fidelidade ao Senhor Jesus Cristo.
Mesmo vivendo num período de devassidão moral anticristã, conservaram a pureza da fé cristã. Quanto ao fato de que "...não se macularam com mulheres, porque são castos", essa referência celibatária simboliza a qualidade moral e espiritual dos cento e quarenta e quatro mil, pois em nenhuma parte a Bíblia considera o casamento pecaminoso. Porém, a decadência dos costumes, hoje em dia, é tão grave que quando chegar a época da Grande Tribulação será quase impossível manter a santidade e os valores morais.
Entretanto, o selo de Deus os fará permanecer imaculados. Eles são absolutamente verdadeiros, porque foram redimidos: "e não se achou mentira na sua boca; não têm mácula". Eles pareceram com o Cordeiro sobre o Monte Sião celestial porque em suas testas estava escrito o nome dEle e do Seu Pai.
A mentira tem sido a mãe de todos os demais pecados, pois quem mente é capaz de cometer qualquer outro pecado, como roubar, adulterar, prostituir-se; enfim, tudo o mais que o diabo, pai da mentira, gosta.
O Senhor Jesus disse: "e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (João 8.32). Isso mostra que a verdade interior nos atrai para o campo de ação do poder do Senhor Jesus, que é a Verdade, conforme João 14.6. Mas a pessoa que se vale da mentira procura se esconder nas trevas do seu pai, o diabo.
Durante o período em que os cento e quarenta e quatro mil selados de Israel viveram sob o governo do anticristo, eles experimentaram a verdadeira crença no Senhor Jesus, foram selados com o Espírito Santo e se tornaram semelhantes ao Cordeiro de Deus.
Estas puras e verdadeiras primícias de Israel, apesar de terem a mentalidade da noiva, não farão parte da Igreja-noiva, pois esta já estará ataviada e preparada para as bodas do Cordeiro.
Também não se encontram sobre tronos, mas diante do trono, do mesmo modo que a multidão inumerável dentre todos os povos e línguas (Apocalipse 7.9). Lá, os selados de Israel entoam um "novo cântico", que é o seu próprio, pois está dito: "Entoavam novo cântico diante do trono, diante dos quatro seres viventes e dos anciãos. E ninguém pôde aprender o cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra" (Apocalipse 14.3).
Apesar de não serem ligados ao trono, como os quatro seres viventes, nem estarem sentados sobre tronos, como os vinte e quatro anciãos, que são a Igreja, eles têm um motivo extraordinário para esse cântico singular.
Em virtude de estarem selados, eles venceram, na provação extrema da sua fé cristã, a besta, o anticristo! Não é de admirar que esse maravilhoso cântico seja precedido por um indescritível prelúdio: "Ouvi uma voz do céu como voz de muitas águas, como voz de grande trovão; também a voz que ouvi era como de harpistas quando tangem a sua harpa" (Apocalipse 14.2).
A PRIMEIRA VOZ
"Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas" (Apocalipse 14.6,7).
A partir da primeira voz, o apóstolo João volta os seus olhos para os acontecimentos na Terra. E, então, vê o primeiro dos seis anjos voando pelo meio do céu. Pela continuação, podemos verificar seis anjos, que agora têm a proclamar uma mensagem desde o céu.
Trata-se de um grupo de anjos que se poderia chamar de grupo de juízo, em cujo meio se manifesta a santa e julgadora majestade de Deus. Eles anunciam e executam os Seus juízos durante a Grande Tribulação, porque falam da maldição eterna.
Mas isso acontece sob outra perspectiva, a da pregação do Evangelho. Significa dizer que quando não houver mais ninguém na Terra para pregar o Evangelho, pois todos os convertidos, incluindo os selados de Israel, a essa altura já terão sido arrebatados, os anjos, que não podem ser tocados pelo anticristo, pregarão o Evangelho.
Figuradamente, eles terão seu púlpito em meio ao céu, e todas as nações, tribos e línguas serão obrigadas a ouvir a sua mensagem! O inferno, certamente, ficará enfurecido como nunca, pois a Palavra de Deus não pode jamais ser algemada.
E a mensagem deste primeiro anjo é: "Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas" (Apocalipse 14.7).
A pregação desse primeiro anjo anunciando o juízo de Deus acontece no limite entre o tempo e o princípio da eternidade, pois, no versículo quatorze, vemos a volta do Senhor: "Olhei, e eis uma nuvem branca, e sentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, tendo na cabeça uma coroa de ouro e na mão uma foice afiada" (Apocalipse 14.14).
Quando o apóstolo menciona que o anjo prega "um evangelho eterno" (Apocalipse 14.6), devemos lembrar que a palavra "evangelho", no sentido do Novo Testamento, significa "boa-nova". Esta, por sua vez, tem diferentes aspectos divinos:
1) Em primeiro lugar, o Evangelho é a boa-nova de que o Senhor Jesus Cristo morreu no Calvário pelos pecados do mundo, e aquele que assume a sua fé neste sacrifício do Senhor, em seu lugar, é justificado perante Deus-Pai, pela ressurreição do Senhor Jesus. Este é o chamado "Evangelho de Deus" (Romanos 1.1) e "Evangelho de Cristo" (2 Coríntios 10.14). É também chamado de "Evangelho da graça de Deus" (Atos 20.24), porque salva os que são malditos pela Lei. Além disso, é chamado de "Evangelho da glória" (1 Timóteo 1.11) e de "Evangelho da vossa salvação" (Efésios 1.1-13).
2) Mas a boa-nova é também chamada de "Evangelho do Reino". O Senhor Jesus pregou-o durante o Seu ministério terreno: "Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo" (Mateus 4.23).
O Evangelho do Reino é a mensagem de que Deus vai estabelecer nesta Terra o Reino de Cristo, do Filho de Davi, como cumprimento da aliança com Davi. Por isso, João Batista anunciava: "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus" (Mateus 3.2).

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