domingo, 3 de julho de 2011

Amor em Ruínas - Ela fica, ele vai embora


Sua cabeça estava a mil, Carl estava sentindo a dor, o tipo de dor que nunca havia sentido antes. Ele não conseguia entender, não fazia nenhum sentido, ele achou que já tinha conseguido esquecer dos seus sentimentos por Lynn, mas esse... esse estado emocional onde se encontrava estava provando o contrário. Ele precisava de ar.
‘Onde você vai meu filho?’ Perguntou seu pai quando o viu caminhando em direção à porta de casa.
‘Me deixa em paz, pai.’ E então ele se foi, sem dizer uma palavra. Ele odiava tratar seu pai assim mas não teve escolha, ele precisava sair daquela casa antes que algo pior acontecesse.
O telefone tocou algumas vezes, fazendo com que desejasse tê-lo esquecido em casa. Olhando, ele viu o nome da Ana e pensou que talvez era hora de partir pra outra de verdade.
‘Oi Anna.’
‘Carl, eu me sinto horrível pela maneira como eu agi hoje...’
‘Tudo bem... olha, você gostaria de sair pra almoçar comigo?’
‘Eu adoraria Carl, no mesmo lugar de sempre?’
‘Sim, eu te vejo lá em 30 minutos.’
Ao abrir a porta de casa, ele vê Lynn sentada na sala com a Lizzy e seus pais.  A raiva tomou conta de seu coração mas ele engoliu tudo e subiu para seu quarto sem falar uma palavra.
‘Carl, a gente pode conversar?’ Dona Stafford perguntou.
‘Não mãe, eu estou de saída, até mais tarde.’ E assim, Carl fechou a porta do quarto e se arrumou pra sair, quanto mais cedo melhor. Ele não suportava olhar pra Lynn.
Ele desceu as escadas sem sequer olhar para os lados, foi direto para a porta da garagem e saiu. Os pais dele olharam para Lynn e ela começou a chorar.
‘Vai ficar tudo bem minha querida, ele só está chateado.’ Disse a Dona Stafford.
Ela precisava contar pra eles o que havia contado para o Carl para que assim pudessem entender, mas ela não podia. Já tinha sido doloroso demais contar para o Carl, seus pais não precisavam saber , não precisavam sofrer.
  
‘Eu acho que é melhor eu ir Dona Stafford’. Disse Lynn.
‘Não mamãe, por favor não vá. Fica com a gente! Lizzy a abraçou.
‘É Lynn , fica, essa é a sua casa’. Dona Stafford disse.
‘Eu gostaria mas não posso...’
‘Sim você pode Lynn, vamos até o hotel, a gente pega as suas coisas e você dorme aqui essa noite. Fica no quarto da Lyzzy.’ Ela implorou.
‘Dona Stafford, muito obrigada, as eu não acho que o Carl vai concordar com isso.’
‘Não se preocupa minha filha, o Carl ainda te ama demais pra não querer você de volta, pode ter certeza.’ Ela disse enquanto segurava a mão de Lynn.
‘Eu acho que a senhora está começando a me convencer’ Lynn sorriu.
As duas mulheres foram para a cozinha preparar o almoço. Lynn não conseguia acreditar mas ela sentia como se finalmente tivesse tomado uma boa decisão. Ela se sentiu bem com a mãe de Carl e talvez ela pudesse realmente ajudá-la a se tornar uma boa esposa para Carl.
As horas passaram e Lynn começou a se perguntar pra onde o Carl tinha ido. Já era quase 8 da noite e nem sinal dele. Ela queria ligar, mas a Dona Stafford já tinha tentado várias vezes e ele não tinha atendido. Lynn precisava pedir desculpas e estava determinada a fazê-lo assim que ele chegasse em casa.
Mal sabia ela que ele não voltaria pra casa aquela noite.

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